O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), negou hoje que tenha contratado seu personal trainer em uma vaga comissionada no Senado para “cuidar de sua forma física”, como acusou o senador Renan Calheiros (PMDB-AP) na representação apresentada pelo PMDB contra o senador tucano no Conselho de Ética. Virgílio também disse ser mentira a acusação de que teria maltratado motoristas do Senado que lhe prestaram serviço nos últimos anos, e insinuou que Renan Calheiros tenha subornado um servidor para dizer isto.

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“Não vou perder tempo com essa história de personal trainer. Isso é indigno, é indigno discutir personal trainer com Vossa Excelência (Renan Calheiros). Humilhações a motoristas? Senador Renan, talvez seja o único senador nesta Casa – não sei se outros são assim, se são, que bom – que cumprimenta, às vezes mal, o senador que entra em um embate comigo. E minha raiva passa muito rapidamente. Mas faço questão de cumprimentar pessoas do serviço geral. Humilhar motoristas? Não me diga que o PMDB subornou algum motorista para dizer isso de mim? Não me diga?”, ironizou.

Mais cedo, Renan Calheiros leu em plenário a representação que o PMDB registrou no Conselho de Ética pedindo a cassação do mandato de Arthur Virgílio por quebra de decoro parlamentar. Na denúncia, o partido acusa Virgílio de pegar dinheiro emprestado ao ex-diretor do Senado Agaciel Maia; de ter mantido um funcionário “fantasma” em seu gabinete; e ainda ter extrapolado o limite do plano de saúde do parlamento para tratamento de sua mãe, já falecida.

Arthur Virgílio lembrou a Renan Calheiros a contratação de um jato que teria sido usado para levar senadores a uma última visita a sua mãe (de Virgílio), quando ela estava adoentada. “O que quero me lembrar, com relação à minha mãe, é de Vossa Excelência ter tido um gesto que, aliás, custou aos cofres do Senado, de ter alugado um jato para que cerca de 20 senadores fossem visitar minha mãe em seu último momento”, disse Virgílio.

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