A morte de um militante petista por um policial penal federal bolsonarista evidencia que a campanha eleitoral deste ano deve ter um nível de violência inédito no país, avaliam presidentes de partidos políticos.

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Marcelo de Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos em festa temática a favor do PT quando o bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho passou em frente ao local de carro e afirmou “aqui é Bolsonaro”. Mais tarde, o policial penal retornou e houve o confronto. O Bolsonarista segue internado em estado grave no hospital.

Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, o assassinato de Arruda é “profundamente lamentável e inaceitável”.

“O episódio do assassinato do líder petista em Foz do Iguaçu é revelador do nível de violência que poderemos assistir na campanha eleitoral deste ano, que pode ser sem precedente na história republicana brasileira”, afirmou Siqueira.

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“Desgraçadamente estamos numa sociedade dividida. Por isso mesmo penso que o tema da coesão social deve ganhar prioridade”, disse.

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O presidente do Cidadania, Roberto Freire, vê o crime como fruto da radicalização da política brasileira. “Esse que invadiu o aniversário é a demonstração de que o insano é irmão da tragédia. Tivemos a tragédia, não apenas o assassinato, mas a morte do agressor e duas famílias enlutadas”, afirmou. “É um desastre imaginarmos que esse não seja o primeiro e único [crime]”, complementou.

Questionado sobre se a campanha deste ano poderia ser a mais violenta da história, ele disse que “sem dúvida.” “É um clima que vinha num crescendo e que, agora, você tem um presidente [Jair Bolsonaro] que, quer queira, quer não, é um elemento que facilita tremendamente essa marcha da insensatez. O outro lado [Lula] também não ajuda. Não chega ao mesmo ponto, mas também não ajuda.”


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