O presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, José Antônio Vidal Coelho, visitou, ontem, o jornal O Estado do Paraná e foi recebido pelo empresário Paulo Pimentel, presidente do Grupo Paulo Pimentel. Eleito no ano passado, Vidal Coelho tomou posse como chefe do Judiciário estadual no último dia 1.º.
?Estou feliz em visitar O Estado do Paraná, jornal que prestigiou a eleição e a posse da nova diretoria do tribunal e que vem prestando grande serviço ao povo paranaense divulgando as informações sobre a Justiça de nosso Estado?, disse Vidal Coelho, revelando que tem três grandes objetivos para o biênio que ficará à frente do TJ: informatizar o tribunal, modernizar suas instalações e investir no aprimoramento dos juízes.
?Nossas metas foram apresentadas ao órgão especial antes da eleição. Queremos, antes de tudo, acabar com a defasagem tecnológica, informatizando todo o tribunal, interligando todo o Paraná por intranet. Uma vara de juizado especial e uma cível virtuais serão instaladas ainda este ano?, explicou, revelando, ainda, a pretensão de instalar todo o TJ em uma única sede, ampliar o Fórum de Londrina e criar um Centro Judiciário em Maringá. ?Além disso, seguiremos buscando o aprimoramento dos juízes para uma prestação jurisdicional efetiva?, garantiu.
O presidente do TJ reconheceu que a busca pela agilidade nos processos é uma preocupação constante no tribunal, mas lembrou que o TJ julga uma apelação em, no máximo, 70 dias. ?Posso dizer que os julgamentos estão em dia. Em primeiro grau ainda há atraso, mas isso será resolvido com o tempo, com a contratação de novos juízes e a ocupação das vagas em aberto?, comentou.
Vidal Coelho também manifestou seu apoio à idéia da implantação de um Tribunal Regional Federal exclusivo para o Paraná. Atualmente o Estado está sob jurisdição da 4.ª Região, que engloba os três estados do Sul. ?O Paraná, pelo seu tamanho, merece uma sede da Justiça Federal. Assim como houve o apelo para um Tribunal do Trabalho, deveremos ter, mais para frente, um Tribunal Regional Federal no Estado?, comentou.
Outro assunto polêmico abordado pelo presidente do TJ foi a questão da redução da maioridade penal, amplamente discutida nos últimos dias. Para ele, é preciso uma solução urgente para combater os crimes cometidos por adolescentes. ?Ainda não tenho posição pessoal, mas acho que devemos pensar esse assunto com muita responsabilidade, pois estamos vendo cada vez mais casos de adolescentes cometendo crimes. Mas é a desorganização social que conduz à delinqüência. Independente dessa discussão, tem de ser feito um trabalho junto às famílias e dentro das favelas?, declarou.
