Vice-presidente do TCU deixa relatoria de acordo de leniência entre governo e UTC

O ministro Raimundo Carreiro, vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), deixou na quinta-feira, 11, a relatoria do processo que tem como objetivo firmar um acordo de leniência entre o governo e a UTC, uma das empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato.

Carreiro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de ter recebido propina do dono da construtora, Ricardo Pessoa. O ministro nega a acusação, mas decidiu se declarar impedido após a informação de que ele era o relator vir a público, já que o processo corre sob sigilo. A notícia foi publicada pelo jornal O Globo.

Em delação premiada, Pessoa afirmou que pagava R$ 50 mil por mês ao advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, para ter acesso a informações privilegiadas do órgão. Na época, Carreiro era o relator de uma das obras que mais interessava ao empresário: a usina nuclear Angra 3.

Em seu depoimento, o empreiteiro disse ainda que deu R$ 1 milhão para Tiago Cedraz e disse acreditar que essa quantia seria repassada para Carreiro.

Com a saída de Carreiro, o TCU vai ter de sortear outro relator para o processo, o que deve acontecer já na próxima semana. Assim como outras empreiteiras investigadas no esquema de corrupção da Petrobras, a UTC fez uma proposta de acordo de leniência ao governo para poder continuar tocando obras federais.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna