Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Hugo Leal (PSC-RJ) convocou os integrantes da CPI do Cachoeira que compõem a base governista para um jantar em sua casa na noite de hoje (11).

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A intenção é traçar uma estratégia comum entre os aliados do governo Dilma para a sessão de amanhã, quando o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), prestará depoimento. Eles também irão conversar sobre a agenda da semana na comissão.

Já houve três jantares com esse intuito. Um na casa do deputado Maurício Quintella (PR-AL) e dois na casa da deputada Íris Araújo (PMDB-GO).
Mas os encontros não reverteram em um consenso da base aliada na CPI.

Mais cedo, o vice-presidente da CPI, o petista Paulo Teixeira (SP), disse que Perillo deverá enfrentar um depoimento “pedreira”. Embora o PSDB tenha proposto um pacto de não agressão aos petistas e peemedebistas em troca da blindagem de Perillo, Teixeira duvidou que a ideia seja aprovada pelo partido.

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Pesou contra Perillo a declaração de que espera uma atitude de estadista do ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Perillo disse à Folha de S.Paulo ter a expectativa de que Lula não guarde contra ele ressentimentos da época do escândalo do mensalão.

Perillo irá prestar depoimento amanhã na comissão sobre sua relação com o empresário Carlinhos Cachoeira e se diz alvo de “perseguição política” por “episódios do passado”.

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Em 2005, no auge do mensalão, Perillo revelou que havia avisado Lula sobre a existência do esquema. O governador disse que vai entregar e mostrar no Congresso os cheques de R$ 1,4 milhão que recebeu na venda de uma casa onde foi preso Cachoeira, em fevereiro. “Fiz um negócio legítimo”, afirmou o tucano.