Rumo ao exterior

Viagem de Pessuti traz preocupação aos aliados

A segunda viagem internacional do mandato do governador Orlando Pessuti (PMDB) começa neste sábado, quando ele embarca para os Estados Unidos, onde participa de uma homenagem da Bolsa de Nova York à Copel.

Pessuti transmite o cargo, amanhã, ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Celso Rotoli de Macedo, que permanecerá no comando do Estado até o dia 30 deste mês.

A ausência de Pessuti durante dez dias trouxe dois tipos de preocupação política. A primeira na Assembleia Legislativa, onde o presidente Nelson Justus (DEM), que havia se comprometido a colocar em votação o projeto da Lei da Transparência, teve que se licenciar para evitar a posse no governo e consequentemente se tornar inelegível.

E a segunda na campanha eleitoral, onde Pessuti era tido como um aliado fundamental para ajudar o senador Osmar Dias (PDT) na campanha para o governo do Estado.

Como Pessuti retorna somente no final do mês, e em seguida, começam os feriados da Semana da Pátria, quando faltarão apenas vinte dias para o final da campanha eleitoral, alguns deputados de partidos aliados ao governador interpretaram a viagem como um afastamento da campanha do pedetista.

“O Pessuti está tirando férias da campanha do Osmar”, disse um aliado do governador, que disse ter estranhado a saída de cena do peemedebista nesta fase considerada decisiva para Osmar, que aparece atrás do ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), nas pesquisas de intenções de voto.

O pregão em que a Copel será homenageada por negociar suas ações na Bolsa de Nova York está marcado para o dia 23. Até ontem à tarde, a assessoria do governador ainda não havia divulgado o restante da sua agenda nos Estados Unidos.

De acordo com o Palácio Iguaçu, Pessuti vai a Nova Iorque acompanhado apenas do presidente da Copel, Ronald Ravedutti, e do diretor de Finanças e de Relações com Investidores, Rafael Iatauro.

Apelo

Na Assembleia Legislativa, quem assume a presidência é o deputado estadual Antonio Anibelli (PMDB). Como ele não demonstra simpatias pelo projeto formulado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do Paraná, e Associação dos Juízes Federais (Apajufe), que obriga todos os poderes e instituições como Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas, a prestarem contas à população sobre como gastam as verbas públicas, o relator da matéria, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), fez um apelo a Justus para que “transmitisse” seu compromisso de votar a lei para Anibelli.

“Como cada presidente é que define a ordem do dia do plenário, é preciso que o Anibelli também concorde com a votação”, disse o relator, que apresentará um substitutivo ao texto protocolado em plenário por três deputados (Marcelo Rangel, Ney Leprevost e Tadeu Veneri), na reunião da próxima terça-feira da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Justus disse que irá conversar com Anibelli para manter a data da votação, prevista também para a próxima terça-feira, em plenário.

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