O presidente estadual do PT, Enio Verri, é o novo líder do bloco de oposição ao governo do Estado na Assembleia Legislativa. Verri foi escolhido durante reunião entre deputados do PT, PMDB e PDT, os três partidos que sustentaram a candidatura do ex-senador Osmar Dias (PDT) ao governo contra o atual governador, Beto Richa (PSDB). O deputado Tadeu Veneri (PT) é o vice-líder da oposição.

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Por enquanto, o bloco é formado pelos sete deputados do PT, cinco do PMDB e um do PDT, André Bueno. O número treze não é definitivo, disse Verri. Ele acredita que o bloco pode ganhar aliados com o decorrer do tempo, quando naturalmente alguns conflitos na base governista geram deserções.

“Alguns deputados podem ter frustradas suas expectativas pelo novo governo. Por isso, esse número não é consolidado”, disse Verri.

O processo de desencanto com o bloco governista pode se dar sobretudo no PMDB, onde o atual líder da bancada, Caito Quintana, tenta manter unidos treze deputados, dos quais somente quatro, além dele, estão na oposição. Os outros oito pertencem ao bloco de apoio ao governo.

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“O PMDB como partido é oposição. Mas alguns deputados vão apoiar o governo. Vamos ter que nos reunir sempre para discutir as bolas divididas”, afirmou Quintana. Ele, Waldyr Pugliesi, Nereu Moura, Ademir Bier e Antonio Anibelli Neto estão no bloco de oposição.

Quintana admite que os conflitos vão acontecer, mas que não vai demorar muito para o PMDB se reunificar em torno de algumas posições. “Agora, no começo de governo, é um momento de auê. Mas essas coisas vão se diluindo com o tempo”, comentou.

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As propostas de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito para investigar o governo anterior, do PMDB, poderá ser um ponto de choque. Por enquanto, apenas um peemedebista assinou as propostas de CPI do Porto de Paranaguá e ParanáPrevidência, apresentadas por Douglas Fabrício (PPS). Reinhold Stephanes Junior, cuja adesão ao bloco dos tucanos e aliados vem desde a campanha eleitoral.

Trégua

O novo líder da bancada de oposição disse que, nos primeiros cem dias de governo, o bloco vai dar uma trégua ao tucano Beto Richa. “Nós vamos apontar o que for problema e sugerir o que achamos correto. É uma oposição qualificada. E o tom dos primeiros cem dias, tradicionalmente, é mesmo esse”, afirmou.