O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, da Defesa e da Justiça Nelson Jobim disse na manhã desta sexta-feira, 3, que o sistema eleitoral brasileiro ainda não garante a autenticidade do eleitor que vai votar e permite fraudes.
“No Brasil, nós temos segurança total de que o voto votado é o voto apurado. Temos segurança parcial de que o eleitor que votou é o próprio”, afirmou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em encontro com convidados estrangeiros que vão acompanhar as eleições no domingo, dia 5 de outubro.
Jobim ressaltou que o País tem longa experiência em fraudes eleitorais. Para ele, o sistema eletrônico passou a assegurar que haja fidelidade entre o que foi votado e o que foi apurado. Ele, entretanto, acredita que a verificação do eleitor ainda é precária.
O ex-ministro ponderou que os primeiros passos para a solução desse problema já estão sendo dados. “É um tema ainda em evolução. A única forma real (de solucionar o problema) é o sistema que está sendo adotado, da identificação biométrica”, disse.
Neste ano, eleitores de Alagoas, Amapá, Sergipe e Distrito Federal contarão com a tecnologia de identificação biométrica para liberar o uso da urna eletrônica.