As declarações da vereadora Renata Bueno (PPS) – que chamou de “bando”, “gentalha” e “máfia do Derosso” os vereadores que contestaram uma nova viagem dela à Itália, onde está fazendo doutorado, – podem lhe custar uma suspensão. Pelo menos trinta vereadores preparam uma representação contra a vereadora a ser apresentada nos próximos dias ao Conselho de Ética da Casa. Eles pretendem enquadra-lá no artigo 5º do Regimento Interno da Câmara, que prevê a perda temporária do mandato ao vereador que “usar, em discurso, expressões ofensivas e desacatar ou fazer ofensas físicas o morais a vereadores ou participantes da sessão”.
Para o vereador Pedro Paulo (PT), que está redigindo a representação, “ficou clara a infração deste artigo e ficou claro que ela se referiu a todos os vereadores, ao falar em ‘bando’, ‘gentalha’”. Pedro Paulo classificou como infelizes as declarações de Renata, as quais atribuiu “ao destempero no momento em que foi questionada”.
Na sessão desta quarta-feira, o plenário da Câmara rejeitou a justificativa para ausência das sessões no período em que estiver em Roma. Com isso, as faltas de Renata serão consideradas sem justificativa, o que tem pouco efeito, uma vez que, ao contrário da Assembleia Legislativa, a Câmara não desconta salário de parlamentares faltosos.
Em nota, Renata explicou a ausência por 20 dias para realizar as provas do doutorado, em viagem paga com recursos próprios. “Fui convidada pela Universidade de Roma para fazer um doutorado, com intuito de viabilizar o Código de Leis do Município de Curitiba. Os estudos serão realizados juntamente com catedráticos e juristas italianos que irão trabalhar com profissionais brasileiros para a implementação do Código de Leis”. Para a vereadora, “o trabalho possibilitará aos cidadãos curitibanos maior acessibilidade as leis da nossa cidade, e com isso poderão ter conhecimento de seus diretos e deveres”.
A vereadora divulgou um vídeo onde dá sua versão sobre a viagem à Itália:
