Vereadores desaprovam reforma de Wandescheer

Em sessão extraordinária os vereadores de Fazenda Rio Grande votaram ontem o projeto de reforma administrativa proposto pelo prefeito Antônio Wandscheer (PPS). Por onze votos a dois a reforma, que aumenta para mais de duzentos o número de cargos comissionados, foi aprovada. De acordo com os vereadores de oposição, a despesa do município aumentará em mais de R$ 324 mil mensais com as novas contratações. Para participar da sessão, cada vereador da cidade recebeu R$ 240,00.

O projeto de lei cria 228 cargos de gerentes e sub-gerentes, que irão ocupar funções como gerente de fotos, áudio e vídeo, gerente de lazer nas praças, e gerente de psicologia, entre outros. Esta foi a terceira reforma administrativa promovida pelo prefeito, desde que foi eleito em 2000. Quando assumiu Wandscheer encontrou uma estrutura administrativa com 139 cargos comissionados. Na primeira reforma, em 2001, este número aumentou para 171, e em 2002 passou para 193.

“Esta reforma é um absurdo, um contra-senso, pois o prefeito está aumentando despesas e criando cargos desnecessários, fazendo exatamente o contrário do que prometeu. Não podemos aceitar, porque vivemos em um município carente de recursos”, afirmou a vereadora Lirani Franco (PT).

Lirani e o vereador Leslie Khervald de Moura (PT), que também votou contra o projeto, solicitaram ao presidente da Câmara, vereador Alisson Wandscheer (PPS), filho do prefeito, que a reforma fosse retirada da pauta, mas o pedido foi negado. “Se o projeto tivesse sido retirado, a sessão teria sido desnecessária”, contou Leslie Moura. A bancada de oposição se recusou a receber o pagamento pela sessão.

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