Apesar do momento de crise por que a Câmara Municipal de Curitiba vem passando, inclusive com o presidente João Cláudio Derosso afastado para responder por denúncias de desvio de verbas, os vereadores não mostraram nenhum constrangimento e, ontem à noite, aprovaram no plenário da casa, o aumento de 28% no próprio salário e ainda a criação de um 13º vencimento, medidas que valem para a legislatura de 2013.

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A remuneração, que hoje é de R$ 10.439,07, passará a ser de R$ 13.500,00. A proposta do percentual de ganho foi da mesa executiva da CMC, presidida por Sabino Picollo (DEM).

A votação foi apertada, com 17 votos a favor, 13 contra e oito ausências. O novo salário passa a valer somente a partir de 2013, para os novos mandatos. Até lá, a remuneração mensal será acrescida apenas do reajuste inflacionário. Para o vereador Pedro Paulo (PT), não é um bom momento para o reajuste. ‘Essa não é a resposta que a população curitibana gostaria. Num momento em que a Câmara passa por uma situação crítica de denúncias e escândalos, essa era hora de demonstrar que queremos que as coisas mudem‘, explicou.

O dia foi de tensão no plenário, até o momento final da votação. Houve inclusive um pedido de adiamento dos votos em 10 sessões, feito pelo vereador Celso Torquato (PSDB), mas a maioria recusou. Em seguida, a oposição propôs que o aumento fosse menor, de 6% e o salário passaria a ser de R$ 11 mil, mas novamente foi recusado.

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A aprovação do aumento se deu em primeiro turno e hoje deve acontecer a segunda sessão para confirmar a medida com o acréscimo salarial, assim como a criação do benefício do 13º salário.