O presidente da Câmara de Curitiba, vereador Paulo Salamuni (PV), anunciou na manhã de ontem a adesão da maioria dos vereadores à abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte público. O sistema é gerido pela Urbs, que administra as permissões dadas às empresas de ônibus. Para o autor da proposição, vereador Chicarelli (PSDC) a CPI veio ao encontro das demandas trazidas pelas manifestações populares que tomaram as ruas na última semana. A inadimplência no recolhimento de ISS (Imposto sobre Serviços) de algumas operadoras do sistema, divulgada pelo prefeito Gustavo Fruet, também influenciou na decisão.
Segundo Chicarelli, entre os alvos da investigação estão os componentes da planilha de custos que compõem a tarifa técnica real custo de operação do transporte, já incluindo o lucro das empresas. Os parlamentares também querem checar se as cláusulas previstas no contrato de licitação estão sendo cumpridos e se o processo licitatório ocorreu de maneira correta, em 2010. De acordo com a vereadora Julieta Reis, será feito pente-fino. Se forem encontradas irregularidades, as empresas podem até perder a concessão, avisa.
Oportunismo
O pedido de instalação da CPI ainda não foi protocolado. O vereador Pedro Paulo (PT) frisou que a abertura da CPI não pode ser confundida com palanque de oportunismo. Jonny Stica (PT) lembrou que Fruet já abriu auditoria para esclarecer os procedimentos da Urbs.
