Mudou de ideia

Vereador Francisco Garcez decide ficar no Conselho de Ética

O vereador Francisco Garcez (PSDB) voltou atrás e decidiu permanecer na presidência do Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba. Ele havia anunciado durante a semana que colocaria o cargo à disposição e levaria o posicionamento dele para avaliação dos outros membros do conselho.

Em uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (03), Garcez mais uma vez explicou sobre o envolvimento dele no jornal Folha do Boqueirão e o recebimento de verbas de publicidade da Casa.

Após ouvir o pronunciamento e perguntas dos outros vereadores membros do Conselho de Ética, Garcez abriu votação para analisar se ele deveria ou não sair do cargo para a apuração das denúncias, feitas em uma série de reportagens do jornal Gazeta do Povo e da RPC.

O vereador Pastor Valdemir Soares (PRB) chegou a se posicionar contra a votação, alegando que não houve o protocolo de uma denúncia formal contra Garcez no Conselho de Ética. Mas a votação ocorreu após um novo pedido de Garcez para isto.

Soares e o vereador Jorge Yamawaki (PSDB) votaram contra o afastamento de Garcez da presidência do Conselho de Ética. Os vereadores Dirceu Moreira (PSL) e Noêmia Rocha (PMDB) votaram a favor do afastamento.

Inicialmente, Garcez se absteve da votação e determinou uma reunião separada entre os membros titulares do conselho para chegar a uma decisão após o empate.

A discussão contou com a presença do vereador Emerson Prado, líder do PSDB na Câmara e que não faz parte do conselho. A vereadora Professora Josete (PT), que também acompanhava a reunião do Conselho de Ética, não participou do encontro reservado.

O empate permaneceu e Garcez decidiu votar. E optou por permanecer na presidência do Conselho de Ética da Casa. “Diante do empate, neste momento, resolvi não me afastar, uma vez que não há nenhuma acusação formal. Tem ainda alguns processos em aberto (no Conselho de Ética) e isto veio à tona para a minha decisão. Quero concluir alguns trabalhos que são cobrados por prazo e pendências que, em função do regimento, ainda não foram concluídas. Quero concluir para depois repensar a minha decisão”, afirmou Garcez.

O vereador ressaltou que a consciência dele está tranquila porque não roubou nada. E enfatizou que o nome dele ainda aparecia entre os proprietários da Folha do Boqueirão até o ano passado porque houve um parcelamento de impostos devidos e, com isto, não podia ser retirado do contrato social. O afastamento no jornal foi solicitado em janeiro de 2009, de acordo com ele. A Folha do Boqueirão recebeu R$ 31,5 mil de verbas publicitárias da Câmara.

Durante a reunião, Garcez informou que a Folha do Boqueirão deixou de ter a Prefeitura de Curitiba como anunciante quando foi eleito vereador. E considerou como um equívoco ético da administração do jornal em aceitar a publicidade da Câmara.

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