Vemos com tristeza prisão de Dirceu, diz vice-presidente do PT

Vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleide Andrade, disse que o partido está vendo com “muita tristeza” e “grande injustiça” a prisão do ex-ministro José Dirceu (PT) em nova fase da Operação Lava Jato. “Mais uma vez a gente vê uma ação persecutória para cima do PT. Quero ver prisão de gente do PSDB, de gente do DEM, eu quero ver prisão que tenha provas. O Zé Dirceu está sendo condenado pela segunda vez sem provas. Isso é um crime de uma barbaridade sem tamanho”, afirmou a jornalistas, ressaltando que o político foi um dos “responsáveis pela democratização do Brasil”.

Questionada se as denúncias e prisões que envolvem o partido podem ter impacto negativo nas eleições de 2016, Gleide disse que não. “O que tinha que impactar, impactado está. Nós não temos essa preocupação, porque o eleitorado brasileiro quando escolheu a presidente Dilma Rousseff já sabia que nós somos o partido que fez as mudanças estruturais nesse País. O povo sabe a mídia (grande imprensa) perniciosa que temos. Não tem problema nenhum”, falou.

Para ela, o PT é um partido “vivo, que continua ativo, que irá se defender e que tem um governo que deixa a polícia investigar”. “Agora, não pode ser persecutório, isso não vamos aceitar. Nós vamos continuar mudando a história desse País, cada vez mais dando poder ao povo brasileiro”, completou.

A vice-presidente nacional do PT está na capital mineira para participar de um debate de reforma política na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Após o encontro, ela lançará o livro “Reforma Política Democrática – temas, atores e desafios”. A Fundação Perseu Abramo reuniu na obra 24 artigos de intelectuais e militantes políticos sobre o tema, dentre eles, a própria Gleide.

Sobre o tema, Gleide disse que o PT espera a votação na Câmara da contrarreforma. “Incorremos no perigo de ficar numa situação pior que estamos. O PT defende voto em lista, igualdade de sexos na política e constituinte exclusiva. Contamos, inclusive, com um projeto de iniciativa popular para que nossas defesas sejam aprovadas. Projeto parlamentar dá nisso: uma contrarreforma”, disse.

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