Quinze integrantes do movimento Vem pra Rua, um dos principais organizadores dos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no País, reuniram-se nesta terça-feira, 7, em frente à sede da Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, para um ato de apoio ao juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal.
O grupo quis demonstrar aprovação ao magistrado e criticar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que Mendes suspendeu ordem de Bretas para que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) fosse transferido para um presídio federal.
O movimento enviou para o gabinete de Bretas 27 buquês de flores variadas, todas amarelas, cada um representando um Estado brasileiro. Também foram produzidas cartas a serem entregues ao magistrado.
O grupo não foi autorizado a entrar no prédio da Justiça Federal, então decidiu estender faixas na calçada. Por volta das 18h, Adriana Balthazar, uma das líderes do movimento, leu em voz alta uma carta enviada pelo Vem pra Rio a Bretas: “Os brasileiros estão carentes de bons exemplos da parte de seus homens públicos. A voz das multidões nem sempre encontra eco em seus Poderes constituídos, ou, pior, tentam nos abater na esperança com decisões de soltura ou privilégios a bandidos, com manobras executivas ou legislativas que obstruam o combate à corrupção. Nestes momentos, é gratificante e encorajador reconhecer na sua judicatura o verdadeiro espírito republicano, a efetividade da Justiça, o cumprimento da lei e da ordem”, diz o texto.
Bretas não participou do ato nem havia se manifestado sobre ele até a noite desta terça-feira.