A morte na madrugada de hoje do ex-governador Cid Sampaio, aos 99 anos, por insuficiência pulmonar, alterou o encerramento da campanha de rua do governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. Ele cancelou as duas passeatas que faria em Caruaru, no agreste, pela manhã, e no centro do Recife, no final da tarde.

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O ato da tarde deveria culminar com um grande comício com a presença de lideranças nacionais do PSB e com os candidatos à Câmara Romário (RJ) e Marcelinho Carioca (SP), ex-jogadores de futebol. De acordo com a assessoria de Eduardo Campos, houve tempo de avisar os convidados, que não chegaram a embarcar para o Recife. Entre eles estão os ministros da Secretaria de Portos, Pedro Brito, e do Trabalho, Carlos Lupi, e o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.

O governador, que decretou luto oficial por três dias no Estado, justificou o cancelamento da sua agenda eleitoral como uma reverência a um homem público que esteve presente na história política pernambucana por mais de 50 anos. “No final dos anos 50, Cid comandou uma ampla frente política que marcou a industrialização do Estado”, disse Campos, durante o velório no cemitério Morada da Paz, no município metropolitano de Paulista. “Ele teve como trajetória política a preocupação com o desenvolvimento econômico.”

Apontado por todas as pesquisas de opinião como favorito para vencer no primeiro turno por vantagem de mais de 50 pontos porcentuais sobre seu principal adversário, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), Eduardo Campos já não havia feito campanha ontem, quando foi à Paraíba e ao Rio Grande do Norte reforçar as campanhas de aliados do PSB.

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Em situação desfavorável – ele afirma ser esta a pior eleição que já disputou – Jarbas foi ao velório, mas manteve sua agenda, que incluiu seis caminhadas, todas no Recife, onde tem boa receptividade.