Primeiro integrante da direção do PT a defender abertamente que o ex-deputado Gustavo Fruet possa ser o candidato da base da presidente Dilma à prefeitura de Curitiba caso filie-se ao PDT, o deputado federal André Vargas, secretário nacional de comunicação do partido, negou, que a pré-candidatura do deputado Federal Ângelo Vanhoni seja apenas um artifício do campo majoritário do partido para conter o ímpeto dos outros dois pré-candidatos, Doutor Rosinha e Tadeu Veneri, e encaminhar para a coligação no primeiro turno.

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“Temos que ter alternativas. O Gustavo é apenas uma possibilidade. Ele nem definiu seu partido ainda. Não podemos ficar só na espera. Temos que preparar nosso nome e, para nós, esse nome é o Vanhoni. Além disso, a decisão só ocorre na convenção”, disse.

Vargas disse que prefere a base unida na eleição do ano que vem, com uma única candidatura forte, mas reconhece que, em eleição municipal, isso é mais difícil. “Hoje, o PT tem três pré-candidatos, o PMDB tem o Greca, o PSC tem o Ratinho e tem a indefinição do Gustavo. Mas ano impar é assim, todos procuram viabilizar seus nomes. No ano que vem, a gente senta para conversar, cada um apresenta seu nome e a gente decide qual a melhor estratégia, quem tem melhores condições, ou se é melhor lançar mais de um candidato”, disse.

O deputado reconheceu que os recentes movimentos na Assembleia Legislativa, com a bancada do PMDB aderindo ao governo, pode interferir no quadro para 2012. “Foi lamentável essa mudança de lado do PMDB. Ainda mais pelos motivos que os levaram a essa decisão. O partido que governou o Estado nos últimos oito anos, agora aceita fazer parte de um governo que critica e faz tudo ao contrário da proposta do Requião. Com essa decisão, o PMDB está abrindo mão de tudo o que fez. É uma derrota para a política que deixa de ser feita por ideias para ser feita por troca de cargos e atendimento às bases, e isso vai ter consequências”, concluiu.

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