Foto: Ricardo Stuckert/Presidência
Antes do encontro em São Paulo, Lula encontrou-se com trabalhadores das Casas Bahia.

O presidente do PT do Paraná, deputado estadual André Vargas, disse que comunicou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, que o partido irá lançar o senador Flávio Arns ao governo do Estado e a ex-diretora financeira da Usina de Itaipu, Gleisi Hoffmann, para disputar uma vaga no Senado. Vargas afirmou que expôs a decisão do partido no estado ao presidente da República junto com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, antes da abertura do 13.º Encontro Nacional do PT.

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Vargas relatou ao presidente que, no último final de semana, as lideranças petistas definiram a coordenação das campanhas majoritárias e que o quadro é imutável. Conforme o relato de Vargas, na avaliação das candidaturas nos estados, a expectativa sobre o desempenho do partido no Paraná nas eleições de outubro foi de bons resultados. "No Paraná, o senador Flávio Arns é candidatíssimo, tem grandes chances e foi considerado viável pela liderança do partido, com o quadro político estadual que, aos poucos, vai se definindo", declarou o petista, em nota distribuída por sua assessoria.

Ao chegar ontem à tarde no encontro do Partido dos Trabalhadores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido na quadra de esportes do Sindicato dos Bancários de São Paulo aos gritos de "1,2,3, Lula outra vez". Apesar do apelo, entretanto, o presidente somente irá confirmar sua candidatura em junho, na convenção prevista pela legislação eleitoral.

Apesar das indicações de que pretende disputar a reeleição, em entrevista antes do evento, Lula disse que ainda não tomou a decisão final. Em entrevista antes do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu hoje novas indicações de que pretende disputar a reeleição este ano, embora tenha reiterado que ainda não tomou a decisão final.

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Lula disse também não ver dificuldade no vácuo criado para a coordenação da eventual campanha, após as quedas do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, sinalizando que o comandante será o presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). O presidente declarou que, se decidir pela candidatura, caberá a Berzoini a coordenação da campanha.

Alianças

Lula voltou a defender a necessidade de o PT fechar alianças nacionais para a disputa eleitoral deste ano. "Precisamos construir uma política de alianças com todos os estados da Federação", opinou. "Se o PT decidir fazer acordo com PMDB, PSB, PL, PV, é com essas pessoas que vamos fazer a campanha. Mas isso depende do partido e eu tenho dito ao PT que eu não vou me definir pela candidatura antes do prazo-limite, de 30 de junho", afirmou. Mas admitiu que o partido não pode paralisar o processo de preparação para as eleições. Para isso, ele sugere à sigla que inicie os trabalhos de aproximação com outros partidos, antes mesmo da decisão de se candidatar.

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Segundo o presidente da República, enquanto o PT prossegue nas conversas sobre alianças eleitorais, ele continuará viajando pelo Brasil para inaugurar as obras do seu governo.