Vanhoni terá o maior tempo entre candidatos

O juiz da 4.ª zona eleitoral, Marco Antônio Antoniussi, responsável pela propaganda em rádio e televisão, divulgou ontem a divisão do horário eleitoral gratuito entre os partidos e coligações que disputarão as eleições em Curitiba este ano.

A maior parcela coube a coligação Tá Na Hora Curitiba (PT-PMDB-PTB-PCdoB-PCB-PSC), de Angelo Vanhoni, com 9min09s em cada um dos dois blocos diários. Um vai ao ar pela manhã e o outro, à noite. A seguir, vem a coligação Curitiba Melhor Pra Voce (PSDB-PSB-PDT-PP-PTN-PSL-PAN-Prona), de Beto Richa, com 6min59s em cada bloco.

Para as eleições proporcionais, também coube à aliança Tá Na Hora Curitiba (PT-PMDB-PTB-PCdoB-PCB) o maior tempo em rede de rádio e televisão: 8min54s em cada bloco. O PFL, de Osmar Bertoldi, ficou com 3min30s e o PSDB com 3min20s. O programa eleitoral irá ao ar no período de 17 de agosto a 30 de setembro. Em caso de segundo turno, recomeça logo após a proclamação do resultado.

Divisão

O PL, de Mauro Moraes, vai dispor de 2min04s para a eleição majoritária e 1min51s para as eleições proporcionais; a coligação do Voto Limpo, de Rubens Bueno, terá 1min35s para a majoritária e 1min22s para as proporcionais. Além dos 3min30s para as proporcionais, o PFL terá 3min43s para a eleição majoritária; o PSTU, de Gilberto Félix, vai contar com 0min46s na majoritária e 0min33s para a proporcional; o PSDC de Leopoldo Campos, 0min46 na majoritária e 0min33s na proporcional; o PRTB de Avenir Rosa, 0min46s na majoritária e 0min33s na proporcional; o PMN de Pedro Manoel Neto, 0min50s na majoritária e 0min38 na proporcional; o PTC de Achiles Ferreira Júnior, 0min46s na majoritária e 0mn33s na proporcional; o PV de Melo Viana,1min na majoritária e 0min47 na proporcional; o PRP de Jorge Luiz de Paula Martins, 0min46s na majoritária e 0min33s na proporcional; e o PTdoB de Danilo Dávila, 0min46s na majoritária e 0min33s na proporcional.

Só proporcionais

A coligação PDT-PAN-Prona para as eleições proporcionais vai contar com 1min27s; a coligação Socialismo Com Liberdade (PSB-PTN),1min39s; o PSL terá 0min35 para seus candidatos a vereador, assim como o PSC, e o PP, que integra a coligação Curitima Melhor Pra Voce na majoritária, terá 2min14s para seus candidatos a uma vaga na Câmara Municipal.

Tucano declara maior patrimônio; dois não revelam

Elizabete Castro

Na relação do patrimônio dos candidatos a prefeito de Curitiba divulgada ontem pela Justiça Eleitoral, o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), aparece em primeiro lugar com um total de bens e investimentos declarados no valor de R$1,8 milhão.

Apesar de indicar o valor mais alto, Richa não pode ser apontado como o mais rico, já que outros dois candidatos não informaram valores à Justiça Eleitoral. Integrante de uma família de empresários de transporte coletivo, Osmar Bertoldi (PFL) relacionou bens e investimentos, mas não indicou o valor total das suas posses. Jorge Luiz de Paula Martins (PRP) não entregou a declaração de bens. Um terceiro candidato, Gilberto Felix (PSTU) relatou a propriedade de um imóvel em Curitiba, mas não informou seu valor. Já o advogado Avenir Rosa, candidato do PRTB, declarou não possuir bens.

Dados completos

Na lista dos que prestaram a informação completa ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), em segundo lugar está o candidato do PTdoB, Danilo Dávila, com patrimônio de R$860,7 mil. Em seguida, está Rubens Bueno, da coligação PPS/PHS, com bens avaliados em R$742,9 mil. O deputado estadual Mauro Moraes (PL) fixou em R$544, 9 mil o total de suas posses.

O candidato do PV, Melo Viana, declarou que possui uma casa financiada no valor de R$460 mil. Ângelo Vanhoni (PT) informou um patrimônio no valor de R$365 mil. Pedro Manoel Neto (PMN) entregou à Justiça uma relação de bens avaliada em R$336,7mil. Achiles Ferreira Junior (PTC) declarou patrimônio de R$94,4 mil e Leopoldo Campos (PSDC) informou ter R$48 mil.

Petista estuda coordenador

O secretário da Educação, Maurício Requião, é o nome mais cotado para assumir a coordenação de campanha do deputado estadual Angelo Vanhoni (PT) à Prefeitura de Curitiba. Maurício, integrante da executiva municipal do PMDB, já faz parte do conselho político formado pelos representantes dos partidos que compõem a coligação formada por PMDB-PT-PTB-PCdoB-PCB-PSC.

A escolha de Maurício para o comando da campanha ainda não é oficial. Titular de uma das pastas mais importantes do governo, Maurício não teria tanto tempo disponível para exercer a coordenação. A menos que se licenciasse da secretaria. A coordenação jurídica da campanha de Vanhoni já foi consultada e informou que, legalmente, não há nenhum obstáculo a que Maurício concilie as duas atividades.

Por enquanto, as decisões mais importantes da campanha são tomadas pelo conselho político.

No Tribunal Regional Eleitoral, a coligação informou o responsável pela área jurídica, Clóvis Augusto Veiga da Costa, o coordenador de áreas internas, o presidente da Cohapar, Luiz Cláudio Romanelli, e o presidente do Comitê Financeiro, o presidente do IAP, Raska Rodrigues.

De fora

O presidente estadual do PSC, Giovani Gionédis, disse ontem que não terá nenhum tipo de participação na campanha de Vanhoni (PT) à Prefeitura de Curitiba. “Tenho um escritório de advocacia, sou presidente do Coritiba (clube de futebol) e não tenho tempo para isso”, afirmou o ex-secretário da Fazenda do governo Jaime Lerner (PSB). Gionédis não quis comentar a reação do governador Roberto Requião (PMDB) à entrada de seu partido na coligação. Requião não gostou da aliança e manifestou seu desagrado à algumas lideranças petistas em recente reunião.

“Quando não escuto e a coisa não vem a mim, não digo nada. Só o que digo é que o partido, por sua maioria, decidiu fazer uma coligação com o PT e pronto. Sempre estivemos em lados opostos, eu e o Vanhoni, mas eu o admiro e respeito. Mas não poderei estar na campanha”, disse o ex-secretário. Ele afirmou ainda que o PSC estará na campanha representado pelo presidente do diretório municipal, Benone Manfrin.

Os peemedebistas não quiseram se manifestar sobre o mal-estar do governador em relação à aproximação de um adversário político antigo à campanha de Vanhoni. No PT, a informação é que o acordo com o PSC foi discutido e decidido junto com a executiva municipal do PMDB. (EC)

Serpa Sá avalia registros

O juiz da 1.ª zona eleitoral de Curitiba, Dartagnan Serpa Sá, está examinando um por um os processos de registro de candidatos à Câmara Municipal de Curitiba. E já encontrou alguns onde a documentação está incompleta. Ao constatar o fato, ele dá ao pretendente a um mandato de vereador prazo de 72 horas para que complemente a documentação. Em geral, os candidatos não se mostram muito preocupados em comprovar escolaridade. É aí que o bicho pega.

Todos os candidatos terão que apresentar alguma comprovação, que pode ser até cópia de boletim escolar de primeiro grau. A lei define que os candidatos precisam ser alfabetizados, mas não especifica nível mínimo de escolaridade. Quem não tiver comprovante algum, vai ter que se submeter a um teste aplicado pela própria Justiça Eleitoral.

O juiz só vai saber se algum dos 606 candidatos da capital se enquadram nesse caso na semana que vem, quando, segundo sua previsão, terá terminado a análise dos pedidos de registro. Mas ele já sabe que 228 candidatos declararam ter curso superior completo, 83, superior incompleto, 168, médio completo; 48, médio; incompleto; 36, fundamental completo; 20, fundamental incompleto; 5 declararam saber ler e escrever e 18 não informaram o grau de instrução. (SCP)

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