O deputado federal Ângelo Vanhoni (PT) defendeu ontem, 18, que o governador Roberto Requião (PMDB) assuma a condução do processo de articulação de uma aliança entre os partidos da base de sustentação do governo Lula (PT) para as eleições do próximo ano no Paraná.

continua após a publicidade

Para Vanhoni, enquanto Requião se posicionar à margem do processo de discussão com o PT e o PDT, o impasse sobre a definição dos palanques da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do partido à presidência da República, vai continuar.

Vanhoni disse que, na condição de maior liderança do PMDB do Paraná, Requião deveria estar à frente das negociações para unir os partidos da base do presidente Lula em torno de um projeto comum nas eleições de 2010.

“Eu acho que o Requião tinha que assumir o papel de liderança política e coordenar esse processo das forças progressistas no Estado”, afirmou o deputado federal petista.

continua após a publicidade

As desavenças entre Requião e o senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo, são plenamente superáveis, acredita Vanhoni. O deputado petista mencionou as relações históricas entre Requião e Osmar para amparar sua tese de que o governador e o senador pedetista podem dividir um palanque no Paraná, mesmo depois de terem se enfrentado nas eleições de 2006.

“Eles têm uma história juntos. O Osmar conduziu a secretaria da Agricultura no governo Requião. Eles estão unidos no projeto nacional. É natural que tenha ficado um mal estar depois da eleição de 2006. Afinal, eles disputaram o cargo. Mas, agora, estamos num outro momento”, afirmou.

continua após a publicidade

Vanhoni acha que é apenas uma questão de tempo para o governador começar a fazer os movimentos pedidos pelo presidente Lula para reproduzir a aliança nacional no Paraná.

“O Requião é lúcido e percebe a necessidade de dar continuidade a um projeto de avanços sociais no País. Apesar das intrigas e de muita gente que gostaria de ver o PMDB em outro caminho, eu não tenho dúvidas que o Requião ainda vai assumir o seu papel neste processo, que é estar à frente dessa unidade”, afirmou.

O diálogo do presidente Lula com o senador Osmar Dias não deveria incomodar os peemedebistas paranaenses, comentou Vanhoni. Ele lembra que o pedetista já está na base do governo desde o primeiro mandato de Lula e que já chegou até mesmo a ser cotado para assumir um ministério e anteriormente, também foi cotado para ser líder do governo no Congresso.

Mas reforça que Requião é um dos aliados mais antigos de Lula e que o PMDB também está na base de apoio do governo Lula, possibilitando que que toda e qualquer diferença entre os dois partidos no Estado possam ser superadas diante de um projeto nacional.