Vanhoni e Fruet vêem espaço para candidaturas

Mesmo insistindo em defender candidaturas próprias na disputa pela Prefeitura de Curitiba, o deputado federal Gustavo Fruet (PMDB) e o deputado estadual Ângelo Vanhoni (PT) definiram ontem várias posições comuns que poderão resultar em uma aliança num eventual segundo turno na sucessão municipal. Esse foi um dos resultados mais importantes da conversa de anteontem à noite entre os dois deputados, que foi acertada pelo secretário estadual do Desenvolvimento Urbano, Renato Adur. Foi a primeira conversa formal entre os dois desde que começou a polêmica sobre a aliança entre o PMDB e o PT na sucessão municipal.

“Não tem nada de conclusivo nas conversas ainda. Mas o importante é que estabelecemos um diálogo direto. E que, mesmo não havendo coligação, vamos manter uma linha de respeito mútuo na disputa”, avaliou Gustavo que, junto com o deputado estadual Rafael Greca, está tentando viabilizar sua candidatura a prefeito pelo PMDB. Na próxima semana, Gustavo e Vanhoni voltam a se reunir, num jantar em Brasília, para discutir novamente o assunto. Hoje, a conversa do petista será com o grupo do presidente municipal do PMDB, Doático Santos, favorável a uma aliança entre os dois partidos em torno do deputado petista já no primeiro turno da campanha eleitoral. Vanhoni, a cúpula petista e a direção municipal do PMDB vão tentar definir um calendário comum para a sucessão em Curitiba.

Espaço

Gustavo disse que a conversa foi positiva porque deixou claro que há espaço para ambas as candidaturas. “Cada um vai trabalhar seu projeto. Entendo a posição do Vanhoni de querer viabilizar sua candidatura. Acho isso natural. É o que eu também estou fazendo”, avaliou o deputado do PMDB, que criticou as lideranças que insistem em definir já as alianças do partido para evitar o debate. “O que não pode acontecer é pessoas estarem fazendo tentativas de abafar o processo de discussão, para antecipar a definição das alianças. O fato não está consumado. Há uma reação de um numeroso grupo de lideranças do PMDB que quer a candidatura própria.”

Mas a conversa de ontem não avançou em relação a uma eventual aliança na disputa proporcional. O tema é polêmico, já que – temendo não conseguir sua reeleição -vários vereadores do PT resistem a uma aliança com o PMDB, que possui vários candidatos fortes na Câmara Municipal. “Essa questão ainda depende de conversas com outros partidos e está condicionada à disputa majoritária”, comentou Gustavo.

Aproximação

O secretário do Desenvolvimento Urbano também considerou que a conversa entre os dois foi bastante positiva. Ele lembrou que Gustavo e Vanhoni já haviam se aproximado no segundo turno da sucessão municipal em 2000, quando o peemedebista apoiou o candidato do PT contra a reeleição do prefeito Cassio Taniguchi (PFL). “A conversa foi muito boa e resultou no entendimento de que há uma vontade grande da oposição de ganhar as eleições em Curitiba. Com esse mesmo objetivo, há a intenção de que seja feito um esforço para a união do PMDB e do PT e que haja a continuidade de um diálogo que está se dando em torno dos projetos dos candidatos para Curitiba”, comentou Renato Adur.

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