O presidente Michel Temer aproveitou uma cerimônia de ações de gestão para a melhoria da saúde pública para defender o seu governo e, segundo ele, combater versões de que sua gestão vá reduzir recursos para saúde e educação e retirar direito dos trabalhadores. Ele pediu, inclusive, que parlamentares usem as tribunas do Congresso para defender o governo. Em um momento exaltado, Temer disse que era preciso “desmentir uma versão que corre pelas ruas que nosso governo tem como objetivo central destruir a saúde e a educação”.

continua após a publicidade

“Não é o que se alardeia ou que se divulga, então se deixa de reproduzir a verdade dos fatos e isso cria problemas para nós. Porque, convenhamos, isso é desagradável de imaginar – que nós somos um governo cidadão que, com o perdão da palavra tão estupidificada, tão idiota, chega ao poder para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde, para acabar com educação.”

continua após a publicidade

Temer ponderou que serão feitos sacrifícios, “mas que não vai tirar direito de ninguém” e destacou que “responsabilidade fiscal é pressuposto do governo”. O presidente falou ainda da necessidade de ajuste das contas públicas, citou o lançamento de projetos de PPI feito nesta terça-feira, 13, pelo governo, que pode ajudar no crescimento econômico. Temer lembrou, ainda, que a Constituição diz que a saúde deve ser garantida não somente com políticas adequadas, “mas também com políticas econômicas acertadas”.

continua após a publicidade

O presidente afirmou que procura fazer uma gestão equilibrada, dentro do preceito constitucional. “Não há saúde sem eficiência da política fiscal”, disse, ressaltando que a redução de custos está sendo feito em todos os setores da administração.

Para destacar a importância das Santas Casas, Temer lembrou sua infância no interior de São Paulo e disse que quando criança “sempre entrava na Santa Casa fazendo o sinal da cruz”.

Temer lembrou ainda o recente caso veiculado na imprensa, de que o governo estudava ampliar a jornada de trabalho para 12 horas. Segundo ele, o mal-entendido resultou de um encontro entre o ministério do Trabalho e sindicalistas que cogitaram a possibilidade de “quem sabe” o trabalhador fazer 12 horas em quatro dias por semana.

O presidente destacou que essas versões ganharam força nas redes sociais e criaram problemas para o governo. “Redes sociais têm poder extraordinário; e eu vou combatê-los (os boatos)”, afirmou. Temer disse ainda que desde antes de assumir o poder propunha uma tese de reunificação nacional e reforçou que seu governo está “propondo a pacificação do País”.

Defesa no Congresso

Ao defender a PEC do teto dos gastos, Temer disse que deputados e senadores precisam ter consciência da importância da proposta e contestem a versão de que ela vai restringir recursos para a saúde e a educação.

“Peço licença para dizer que isso é inadmissível porque quando nós falamos em teto de gastos, estamos falando da totalidade dos gastos. Do teto de gastos públicos. É preciso que tenhamos consciência disso. Os deputados e senadores vão para a tribuna e contestem aqueles que possam eventualmente vilipendiar os fatos.”

O presidente afirmou, também, que não quer o mal do Brasil e, ao contrário, seu compromisso é assegurar uma gestão mais eficiente. “Estamos agilizando o país; nós queremos o bem do país”, afirmou.