Eleição para a Mesa

Valdir Rossoni caminha para aclamação na AL

O secretário-geral do PMDB do Paraná, deputado federal eleito João Arruda, disse, ontem, que o partido não irá discutir em sua reunião de executiva, marcada para a próxima segunda-feira, a eleição para a Mesa da Assembleia Legislativa.

Segundo Arruda, a questão da mesa, agora, “diz respeito apenas à bancada do PMDB”. A declaração de Arruda, sobrinho do ex-governador e senador eleito Roberto Requião (PMDB) vem na semana seguinte à polêmica causada por Requião quando tentou convencer a bancada a, ao lado de PT, PDT e PSC, montar uma chapa de oposição à que está sendo construída por PSDB e DEM, encabeçada pelo presidente estadual tucano, Valdir Rossoni.

Anderson Tozato
Rossoni: sem concorrentes.

A decisão da cúpula peemedebista de não interferir na posição de seus parlamentares vai ao encontro da opinião emitida na última semana pelo presidente estadual do PDT, senador Osmar Dias, que disse que não daria nenhuma opinião aos deputados pedetistas, por entender que a eleição da Mesa da Assembleia é uma decisão exclusivamente da bancada.

A não interferência de Osmar, que mostrou insatisfação com deputados peemedebistas que “foram eleitos graças à aliança com o PDT, mas sequer apoiaram o candidato da aliança ao governo do Estado” e a proximidade de alguns deputados pedetistas com Rossoni, enfraqueceram a tentativa de construção de uma chapa de oposição.

Fábio Alexandre
Pugliesi: “Momento delicado”.

O presidente estadual do PMDB, e deputado, Waldyr Pugliesi, disse que a opinião de todos os peemedebistas será considerada, “mas é imprescindível que a bancada, que vive a Assembleia, tenha sua posição respeitada”.

Para o deputado, a construção da chapa de oposição está comprometida com a definição do PMDB. “Quando fui designado para conversar com os outros partidos, o PDT já tinha uma posição de alinhamento à candidatura do Rossoni. Agora, até poderíamos lançar uma chapa para marcar posição, mas o momento delicado que a Assembleia vive não nos recomenda dividir a Casa e rachar partidos”, disse.

O deputado lembra, no entanto, que, como maior partido (13 parlamentares eleitos) o PMDB tem exigências para compor a chapa de Rossoni. “Nos ofereceram a primeira secretaria, mas queremos a primeira secretaria para o PMDB, sem indicações ou vetos. O nome que ocupará o posto será definido apenas pela bancada. Não adianta quererem usar a proximidade de um ou outro com determinadas figuras políticas como trunfo”, disse, acrescentando acreditar que, pela importância até numérica do partido, sua exigência será contemplada.

“Vi declarações de que eles já teriam 33 votos. Acho que o pessoal da base do Beto tem que descer do salto, pois ninguém governa sozinho. Não é só eleger o presidente da Assembleia. PMDB, PT, PSC e PV podem fazer muito barulho”, concluiu.

A primeira-secretaria da Casa também é cobiçada pelo DEM que, como “trunfo”, além do apoio irrestrito ao governo Beto Richa (PSDB), tem o fato de ter aberto mão da candidatura de Durval Amaral (DEM), abrindo espaço para Rossoni.

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