O Partido da República (PR) liberou seus parlamentares para apoiar qualquer um dos candidatos a presidente da República no segundo turno das eleições. A disputa se dará entre o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).

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No comando do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, comunicou aos parlamentares sobre a decisão de neutralidade, depois de participar de reunião na segunda-feira, 8, com outros dirigentes de partidos do Centrão (DEM, PP, PRB e Solidariedade), que estavam coligados ao tucano Geraldo Alckmin, derrotado no primeiro turno.

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“Valdemar já autorizou a liberação em todos os Estados. Cada parlamentar apoia quem achar que deve”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), reeleito na Bahia e apoiador de Haddad. O PR tem atualmente 40 parlamentares na Casa e elegeu 33 para a próxima legislatura.

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Rocha diz que não há como quantificar hoje se a bancada tem uma maioria pró-Haddad ou pró-Bolsonaro. Na Bahia, diz ele, a maioria é favorável ao petista por causa da coligação e base do governador reeleito Rui Costa, do PT. Já em São Paulo, há integrantes da bancada da bala que apoiam abertamente Bolsonaro, como o deputado capitão Augusto (PR-SP).

Rocha avalia que, numa eleição de dois candidatos, os parlamentares têm pouca capacidade de angariar votos para um ou outro. “É uma eleição entre eleitor e candidato”, disse Rocha. “Não existe um comando, é a vontade expressa do eleitor. Não adianta apoio formal, é um apoio que não se viabiliza na prática. No primeiro turno você dá o apoio do tempo partidário de televisão. Agora não tem mais, o tempo de televisão é meio a meio no segundo turno.”

O líder do PR entende que os únicos partidos que conseguem orientar voto no segundo turno são os que ele chama de “ideológicos”, principalmente de esquerda, como PDT e PSB, entre outros: “Orientação partidária no segundo turno não existe, a não ser os partidos ideológicos e os religiosos, as igrejas, que comandam”.