Pontualmente às 7h da manhã de ontem, aproximadamente 140 vans dos Correios partiram do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba, para distribuir as 3.605 urnas nos 401 locais de votação da cidade.

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Cinco horas depois, os profissionais envolvidos na organização do pleito deste ano já davam conta que as urnas estavam devidamente instaladas e testadas para receber os 1.309.961 eleitores da capital.

No Paraná, sexto Estado em número de votantes no País, estão habilitadas 7.601.553 pessoas que vão utilizar uma das 24.558 urnas. Além dos equipamentos em uso, o TRE deixa de reserva um número equivalente a 10% do total para eventuais substituições.

Se a história do País nos próximos quatro anos será determinada, impreterivelmente, pelas escolhas do cidadão neste 3 de outubro, a garantia para que a decisão de cada um seja respeitada, depende de um trabalho bastante amplo de profissionais que trabalham dia após dia em busca do aprimoramento do sistema de votação.

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É o caso do chefe do cartório da 2.ª Zona Eleitoral de Curitiba, Edson Luiz Guedes, que em novembro, completará 30 anos de serviços prestados em prol da democracia.

Sob a responsabilidade dele estão 33 locais de votação, com 1.860 seções, onde votam 137 mil pessoas. Ele reconhece que a experiência ajuda no planejamento de cada eleição, principalmente, na busca por novas maneiras de evitar problemas que surgem na hora da votação, porém, nunca acaba com o risco de alguma situação inusitada. “Cada eleição é uma experiência diferente, estar preparado ajuda a minimizar as chances de algum problema, mas não elimina a possibilidade”, conta.

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Para ele, a mudança das cédulas de papel para o voto eletrônico representou um avanço sem precedentes para a credibilidade do processo. “Trazer resultados corretos no menor tempo possível para a sociedade é um ganho enorme do ponto de vista da confiança do eleitorado, pois dissipa a idéia de haver alguma fraude”, avalia.

Vale destacar que se engana quem pensa que a agilidade oferecida pelas urnas eletrônicas diminuiu o trabalho dos envolvidos. “Não precisamos mais ficar seis dias contando cédula, porém, temos um processo de preparação bem mais extenso e trabalhoso para cada eleição”, compara. “Precisamos, por exemplo, a cada seis meses colocar todas as urnas na bancada para dar carga na bateria para não arriar assim como fazemos com carros”, cita.

Biometria

Os 8.121 eleitores de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, serão os primeiros do Estado a votar com identificação biométrica. O chefe do Cartório Eleitoral de Balsa Nova, Denilson Schmitt, acredita que a novidade não comprometerá a agilidade da votação no município.

De acordo com Schmitt, depois do teste feito entre outubro de 2009 e janeiro de 2010, onde 250 eleitores de Balsa Nova participaram, as urnas ganharam novos ajustes e ficaram mais sensíveis a captação das digitais.

“A urna pode pinçar até quatro dedos (os dois polegares e os dois indicadores) e, nessa versão final do programa, o sistema, na maioria das vezes, liberou na primeira tentativa”. Serviço: O eleitor que apresentar qualquer dúvida poderá se dirigir a Central de Atendimento ao Eleitor pelo telefone: 3330-8673 (atendimento das 7h15 às 17h).