Integrantes da CPI do Transporte Coletivo da Câmara de Curitiba estiveram ontem na Urbs para verificar o sistema de bilhetagem eletrônica e as razões pelas quais os 754 computadores de mãos adquiridos no final de 2012 ainda não estão sendo usados pelos fiscais do transporte coletivo e agentes de trânsito. Os vereadores também pediram explicações sobre os contratos entre Urbs e Dataprom, que via Instituto Curitiba de Informática (ICI), adquiriu os equipamentos por R$ 3,751 milhões – R$ 4.748 por aparelho.
“Diante de tantos credores foi priorizado algo que não começou a ser usado”, lamentou o presidente da CPI, Jorge Bernardi (PDT). O diretor de Tecnologia da Informação da Urbs, Wilson Kimmel, justificou que os aparelhos estão sendo configurados dentro das especificações do Sistema Integrado de Monitoramento (SIM). “Estamos dentro do cronograma do agente financiador, a Caixa, e o desenvolvimento dos aplicativos faz parte da implantação do projeto”.
Piloto
O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, afirmou que entre final de setembro e início de outubro os equipamentos devem começar a ser usados no estágio piloto do projeto. “O projeto SIM foi viabilizado com recurso do PAC da Copa e a implantação do sistema está sendo orientada com vistas ao evento”.
Escolha é das empresas de ônibus
O diretor administrativo-financeiro da Urbs, Wilhelm Meiners, esclareceu que o valor repassado às concessionárias pela manutenção é fixo (R$ 566 mil mensais) e cabe às empresas de ônibus escolherem se terceirizam o serviço ou não. Sobre a diferença de valores entre a Interhelp, que fazia a manutenção no início do contrato e teria valor bem mais competitivo que a Dataprom, Meiners disse que a escolha cabe às empresas, mas no contrato com a Urbs é previsto multa no caso de descumprimento de prazos para reparos ou prejuízos para o sistema. “Essa outra empresa cometeu falhas”, afirmou. A Urbs negocia a renovação do contrato com ICI e Dataprom.