União libera R$ 6,8 bilhões do Orçamento de 2007

O governo liberou R$ 6,8 bilhões do Orçamento para este ano. A informação está no relatório de avaliação de receitas e despesas públicas referentes ao terceiro trimestre, divulgado ontem através de nota do Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O relatório também traz uma nova estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,7%, contra os 4,5% projetados anteriormente.

De acordo com o relatório, os recursos serão liberados porque houve também uma reestimativa de arrecadação de impostos, o que garante que o gasto poderá ser ampliado sem ameaçar o cumprimento da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida). Pela nova projeção, a receita será R$ 5,9 bilhões superior ao projetado no relatório bimestral anterior.

Pagamento de dívidas por depósitos judiciais com valores elevados; ganho de capital na alienação de bens, como venda de imóveis, e a lucratividade das empresas no ano de 2006, que elevou o recolhimento na declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), são algumas das razões dadas pelo relatório para explicar a liberação das verbas.

Segundo o documento, as despesas também cresceram, em R$ 7,2 bilhões. Desse total, R$ 6 bilhões correspondem abertura de crédito extraordinário destinado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em fevereiro, quando divulgou o primeiro relatório, o governo bloqueou R$ 16,4 bilhões do Orçamento aprovado no mês anterior pelo Congresso.

A Lei de Responsabilidade Fiscal obriga o governo a apresentar o relatório de avaliação fiscal a cada dois meses. O objetivo é acompanhar e controlar o cumprimento da meta de superávit fiscal estabelecida para o ano.

Salário

Senadores que fazem parte da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) defendem que o colegiado também aprofunde os debates em torno das propostas de valorização do salário mínimo contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A expectativa é que a discussão seja centralizada, já a partir de agosto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A idéia de levar a discussão também para a CAS partiu do senador Paulo Paim (PT-RS) por entender que o colegiado não poderia ficar de fora dos debates porque, observou, o salário mínimo é uma questão social. Para ele, portanto, as discussões sobre as políticas de valorização do salário mínimo se encaixam nas atribuições da comissão.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo