União da Vitória briga por duas novas varas de justiça

Entidades organizadas e a Ordem dos Advogados do Brasil de União da Vitória, região sul do Paraná, estão solicitando ao Tribunal de Justiça (TJ) a criação de mais duas varas de justiça na cidade. Hoje apenas cinco juízes trabalham para atender a região, que conta com mais de 100 mil habitantes. Mais de 25 mil processos estão em andamento.

O presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil na cidade, Gilberto Tadeu Dombroski, diz que nos últimos anos a demanda na região aumentou muito. Além do crescimento natural da população, também foram criadas as varas de juizados especiais civil e criminal. Só nessas duas há 5.826 processos tramitando.

Além delas, outras três varas funcionam na cidade: uma civil, uma criminal e uma familiar. Ao todo são mais de 25 mil processos e como os juízes não conseguem dar conta da demanda, a situação vai ficando cada vez pior. ?Está virando uma bola de neve. A população não consegue ser atendida num tempo satisfatório?, reclama Dombroski.

A situação atual atingiu um nível tão calamitoso, que uma juíza da cidade precisou até tirar férias forçadas devido ao seu precário estado de saúde, provocado pelo estresse no trabalho. ?O ritmo de trabalho era muito intenso. Gostaríamos que o Tribunal de Justiça olhasse com carinho e atenção a necessidade de nossa região?, comentou o presidente da OAB de União da Vitória.

O pedido para a criação de novas varas no município foi entregue em março ao TJ e agora os moradores esperam uma resposta. O presidente da Ordem dos Advogados local diz que mais duas varas, uma civil e uma criminal, já aliviariam a sobrecarga constatada na comarca. A região passaria a contar com sete juízes e o número de serventuários também iria aumentar. No entanto, os moradores de União da Vitória e redondezas ainda vão ter muito o que esperar. Segundo informações do Tribunal de Justiça, não existe em curso nenhuma proposta de criação de novas varas na cidade. O projeto teria que ser primeiro aprovado pela Assembléia Legislativa e depois dependeria do orçamento do TJ para sua instalação.

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