Tempo jogado fora

Uma manhã perdida. Reunião da CPI não ouve ninguém e não discute nada

Manhã perdida. A reunião desta quarta-feira da CPI do caso Derosso, marcada para a oitiva dos integrantes da comissão de licitações da Câmara Municipal de Curitiba durou mais de uma hora e meia, mas não avançou nada. Os convocados não foram ouvidos e a única questão aprovada foi a redução do prazo para o término dos trabalhos de 120 para 90 dias. Todo o restante do tempo foi tomado por discussões infrutíferas e algumas confusões entre as pessoas que assistiam à sessão.

Presentes na sessão, os integrantes da comissão de licitações apresentaram um requerimento alegando que já teriam prestado todos os esclarecimentos ao Conselho de Ética e que seria um retrabalho deporem novamente. Eles se dispuseram a, após todos os vereadores da CPI terem conhecimento do depoimento que prestaram ao Conselho de Ética, responderem eventuais dúvidas por escrito ou em sessão reservada.

“Temos documentos novos e que, certamente devem esclarecer muitas das nossas dúvidas. Não vale a pena ouvi-los hoje”, argumentou, na sequencia, o vereador Paulo Frote (PSDB), que sugeriu a convocação dos membros da comissão de licitações para a próxima semana. “Quando fui convocado para essa reunião, sabia quem iríamos ouvir. Me prearei, para questioná-los”, rebateu Pedro Paulo (PT).

Depois de quase uma hora discutindo como deveriam proceder, os vereadores decidiram chamar uma sessão extraordinária para hoje mesmo, às 18h para ouvir os membros da comissão. “Fiquei frustrado. Eles foram convocados, tinham que estar aqui prontos para falar. Qualquer requerimento poderia ser apresentado só depois do início da sessão, não combinado com alguns vereadores”, disse Paulo Salamuni (PV). “A sessão plenária de hoje é tranquila. Dará tempo para lermos os depoimentos e estudar novas perguntas”, alegou Frote. 

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