O tumulto que marcou o casamento da deputada estadual Maria Victoria (PP), filha da vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, e do ministro da Saúde, Ricardo Barros, na sexta-feira (14) à noite, teria sido motivado pela pré-candidatura da mãe da noiva ao governo do estado. Foi essa a justificativa apresentada pela deputada e por seus pais, em nota divulgada à imprensa na tarde deste sábado (15). A família ainda atribui a confusão a partidos de esquerda e sindicatos.
Cerca de 200 pessoas se concentraram em frente à Igreja do Rosário, no Centro Histórico, onde acontecia a cerimônia religiosa, no início da noite de sexta. Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram acionados para conter a multidão, que seguiu mobilizada por cerca de quatro horas. Além batuques e gritos, houve arremesso de lixo, garrafas e ovos contra convidados e os noivos. Maria Victoria saiu da igreja escoltada em uma van para o Palácio Garibaldi, local da recepção aos convidados.
A polícia chegou a fazer uso de bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes e liberar a passagem dos convidados, a pé, pelo Largo da Ordem. Uma pessoa ficou ferida.
Segundo o comunicado da família , os protestos foram “incentivados e financiados pelos partidos e sindicatos de esquerda”.
Apesar da confusão, Maria Victoria e os pais afirmam que, dentro da igreja e durante a festa, tudo ocorreu dentro da normalidade. “Apenas o trajeto que os noivos fariam a pé, da Igreja do Rosário ao Palácio Garibaldi, foi alterado pela ação dos manifestantes. Lamentamos as agressões físicas e verbais a alguns convidados, porém é o preço da democracia”, acrescenta o comunicado assinado por Maria Victoria, Ricardo Barros e Cida Borghetti.