O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), avaliou nesta terça-feira, 24, que “tudo indica” que o governador do Ceará, Cid Gomes, sairá da legenda. A declaração de Beto Albuquerque ocorre um dia depois de o governador cearense ter admitido que pode desembarcar do PSB, uma semana depois de a Executiva Nacional do partido ter optado por entregar os cargos que ocupava no governo federal.
“A proposta do Cid é ficar no PSB para trabalhar por outro candidato”, disse o líder do partido na Câmara ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. “Se o PSB está pensando num projeto nacional, não pode abrir precedentes para quem quer ser infiel”, afirmou.
Embora tenha ponderado que o partido “quer muito” a permanência de Cid e de seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes; Beto Albuquerque foi enfático sobre o tema: “Não queremos quinta coluna no partido”, disse.
Na semana passada, quando os pessebistas decidiram sair do governo, Cid Gomes foi o único que se posicionou contrário ao movimento. Enquanto Cid advoga pela manutenção da aliança com o PT para a reeleição da presidente Dilma Rousseff, outros caciques do PSB defendem a candidatura do presidente da legenda e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ainda segundo Beto Albuquerque, o partido tomou a decisão de devolver os cargos ao governo na semana passada para dar tempo aos “incomodados”. “Tomamos a decisão para que os que viessem a se sentir incomodados saiam”, concluiu.
Espaço vazio
Perguntado sobre a possibilidade de a ex-prefeita de Fortaleza e presidente do PT no Estado, Luizianne Lins, ir para o barco socialista, Albuquerque respondeu: “Em política não tem espaço vazio. Estamos trabalhando para preencher esse espaço”.