O comando nacional e as direções regionais do PSDB avaliam que só têm uma saída para driblar mais 15 dias de silêncio do governador de São Paulo, José Serra, sobre sua candidatura ao Planalto: fazer com que o presidenciável tucano “desfile” ao lado dos candidatos a governador do partido e de legendas aliadas que estão em campanha Brasil afora. “Todo mundo quer a presença dele nos Estados e Serra precisa desatar esse nó”, disse o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

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O tucanato não desistiu de convencê-lo a antecipar a candidatura. Para conter a ansiedade com a falta de uma declaração afirmativa do governador, o partido mobiliza as bases em vários Estados e monta uma agenda para exibir seu candidato. “O que Serra tem que fazer nessas duas semanas até sair do governo para cuidar da candidatura é exatamente o que fez no Rio Grande do Sul, no fim de semana”, afirma Guerra.

De acordo com a governadora gaúcha, Yeda Crusius (PSDB), quem testemunhou a passagem de Serra anteontem pela Festa da Uva, em Caxias do Sul, não tem a menor dúvida de que ele é o candidato do PSDB à Presidência. A tucana se diz convencida de que Serra “desfez com gestos” qualquer dúvida sobre a participação na corrida sucessória.

Yeda elogiou a militância, que chegou em dois ônibus enfeitados com faixas de “Serra presidente” e recepcionou o governador portando adesivos com os mesmos dizeres colados nas camisetas.

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Serra não falou uma só palavra sobre eleição, mas se portou como político em busca de votos. Conversou com visitantes, distribuiu abraços e posou para fotos, sempre sorridente.