Tucanos evitarão manifestações sobre Eduardo Azeredo

A cúpula do PSDB decidiu que só vai se manifestar sobre as denúncias de envolvimento do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no chamado esquema do mensalão mineiro depois que o procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, se pronunciar sobre o caso. "Só falaremos sobre o assunto diante de um fato concreto, que se dará apenas quando o procurador se manifestar. Não vamos nos atrapalhar com este episódio", resumiu o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), ressaltando que, ao menos por enquanto, não há denúncia contra o correligionário.

Foi no gabinete de Guerra que o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), reuniu-se nesta terça-feira (25) com Azeredo. Logo na chegada, o senador mineiro fez questão de se mostrar indignado com as denúncias em que aparece como chefe do esquema de desvio de recursos de estatais para alimentar o caixa 2 da campanha de 1998, em que disputou e perdeu a reeleição ao governo estadual. "Para começar, essa campanha não foi minha não; foi do PSDB todo, inclusive de Fernando Henrique (Cardoso) à reeleição", disse o senador, cobrando solidariedade do partido.

Em defesa de Azeredo, o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), comparou a situação do senador mineiro com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Os dois incorreram em caixa 2 de campanha. Lula diz que não sabia e Azeredo não sabia mesmo, mas o fato é que ambos se beneficiaram do caixa 2". Na mesma linha, o deputado Paulo Renato Souza (PSDB-SP) argumentou que, na hipótese de as acusações do mensalão de Minas e do mensalão do PT serem verdadeiras, a tese do tucanato é uma só: "Não dá para indiciar o Azeredo sem indiciar o Lula".

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