Eleições

Tucanos do Paraná terão carta-branca em 2010

O PSDB do Paraná tem total autonomia para decidir sobre suas candidaturas majoritárias às eleições do próximo ano. A garantia é do presidente estadual do partido, Valdir Rossoni que, incomodado com as versões de que os tucanos paranaenses teriam que se submeter à decisão nacional do partido, para definir seus rumos no Paraná, conversou ontem, pelo telefone, com o presidente nacional da sigla, Sérgio Guerra.

Rossoni disse que obteve de Guerra o compromisso de que o diretório estadual tem liberdade para definir suas candidaturas e alianças e que não virá nenhuma decisão de “cima para baixo” por parte da cúpula nacional do partido. “A decisão do Paraná não será tomada pelo diretório nacional. Ninguém precisa ter dúvidas sobre isso. Todas as nossas movimentações levam em conta o projeto nacional, mas ninguém tirou nossa autonomia”, disse o dirigente tucano.

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Rossoni: versões incômodas.

No processo de discussão das candidaturas, Rossoni disse que, em nenhum momento, a direção estadual perdeu de vista a necessidade de fazer uma opção que fortaleça a candidatura do PSDB à Presidência da República. “Eu confirmei com o Sérgio Guerra o nosso propósito de escolha de candidaturas ao governo e ao Senado que ajudem o nosso candidato a presidente da República, mas somos nós, no Paraná, que vamos apontar este caminho”, disse.

Rossoni disse que o partido continua trabalhando na perspectiva da construção de uma frente de partidos para a sucessão estadual de 2010. “Nunca tivemos dúvida sobre a nossa opção, de construir um novo projeto de desenvolvimento econômico e social para o Estado, reunir um grupo de partidos comprometidos com essa ideia e contribuir decisivamente para que o nosso candidato a presidente da República tenha o maior apoio possível aqui, no Paraná”, afirmou Rossoni.

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Beto Richa: nome forte no ninho.

Mas o presidente do partido admitiu que, neste momento, está mantida a tendência de lançamento de uma candidatura própria ao governo. “É claro que trabalhamos com a possibilidade de ter candidatura própria. Não estamos aí para ser barriga de aluguel”, disse o tucano. Mas a definição não será precipitada, disse o presidente estadual do partido, que condena o que chama de “desespero” de alguns setores sobre a escolha do candidato e dos aliados. “Temos fortes candidatos no PSDB, mas é muito cedo para definir esta situação. No momento oportuno, essa decisão virá”, afirmou.

A defesa de uma decisão mais rápida e ainda este ano é sustentada pelo aliado PDT, que negocia o apoio dos tucanos à candidatura do senador Osmar Dias ao governo, mas também se faz sentir internamente no PSDB. Pré-candidato ao governo, assim como o prefeito de Curitiba, Beto Richa, o senador Alvaro Dias nunca escondeu que gostaria que o PSDB delimitasse seus rumos o quanto antes. Mas a direção estadual está mais alinhada ao prefeito Beto Richa. Ele quer prolongar as discussões até abril do próximo ano, quando terá que decidir se permanece na prefeitura ou se renuncia ao cargo para concorrer ao governo.

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