Tucanos deverão escolher Sérgio Guerra para comando do partido

Está praticamente fechado o acordo da cúpula do PSDB em torno da sucessão do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência do partido. O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) avançou na consolidação de sua candidatura ao comando partidário hoje, conquistando o apoio do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. Os dois tiveram um encontro reservado em São Paulo na tarde desta segunda-feira (18) e, segundo relato de Guerra a um dirigente do partido, Alckmin deixou claro que não tem pretensão de presidir o PSDB porque quer estar liberado para disputar a prefeitura de São Paulo no ano que vem.

"O Geraldo disse que não é candidato a presidente do PSDB, mas que quer ajudar o partido e acha muito bom que o Sérgio assuma a direção", conta o dirigente tucano, ao confirmar a disposição do ex-governador de disputar o cargo de prefeito da capital. Segundo ele, a conversa foi "muito tranqüila" porque o senador e o ex-governador são amigos e têm diálogo muito fácil desde os tempos da última eleição presidencial, quando Guerra coordenou a campanha de Alckmin. Feito o entendimento, os dois foram ao encontro do governador de São Paulo, José Serra, e selaram o acordo.

Antes de fechar o acerto com as principais lideranças paulistas, o senador Guerra teve o cuidado de buscar o apoio de Minas Gerais a seu projeto. Há cerca de um mês, ele procurou pessoalmente o governador Aécio Neves (PSDB-MG) em Belo Horizonte e anunciou sua pretensão de comandar a legenda. A única preocupação de Aécio, na ocasião, foi quanto ao projeto político do atual presidente do PSDB. Ele queria ter a certeza de que Tasso não tinha mesmo nenhuma pretensão de se recandidatar ao posto. Guerra esclareceu que, neste caso, ele já havia antecipado que retiraria seu nome da disputa, em favor do próprio Tasso.

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