O deputado estadual Luiz Carlos Martins anunciou ontem sua saída do PSL, que fica assim sem representante na Assembléia Legislativa. A bancada tinha dois parlamentares, o próprio Martins e Geraldo Cartário, que bandeou-se para o PP há cerca de um mês. Martins não adiantou seu destino partidário. Disse que vai fazê-lo dentro de duas semanas. Mas tem conversado bastante com o PDT e o PSDB, tido como a opção mais provável. Na campanha municipal do ano passado ele apoiou a candidatura de Beto Richa, sinalizando que poderia, mais tarde, juntar-se à sigla tucana.
Se isso efetivamente acontecer, a bancada do PSDB se iguala à do PMDB, com 11 membros. Como ainda existe a expectativa da filiação do deputado Ailton Araújo, atualmente no PTB, pode passar à confortável posição de maior bancada com assento no Legislativo estadual. Em seguida vem a do PT, com nove deputados.
Martins disse aos jornalistas que estava desconfortável como único representante da sigla na AL e que teve informações do secretário-geral do diretório nacional, Ronaldo Nóbrega, sobre a entrega do comando da legenda no Paraná aos secretários estaduais da Educação, Maurício Requião e do Desenvolvimento Urbano, Renato Adur, ambos do PMDB. Maurício é citado como provável candidato a uma vaga de deputado federal no ano que vem.
As acomodações partidárias já refletem os preparativos para a eleição do ano que vem. Candidato à reeleição, Martins não quer correr o risco de ficar fora por faltar votos de legenda, como ocorreu em 1986, quando teve quase 60 mil votos, mas a legenda, na época o PSC, não atingiu o quociente mínimo para garantir a cadeira. Dois anos depois ele disputou uma vaga na Câmara Municipal de Curitiba e foi o vereador mais votado. Em 1990, conseguiu o primeiro mandato de deputado estadual, reelegendo-se em 1994.
