Uma conversa com o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), na noite de anteontem, e uma reunião ontem de manhã com o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, foram o ponto de partida para gestar o entendimento com o grupo de deputados estaduais, que apóiam o governador Roberto Requião (PMDB) na Assembléia Legislativa.
Rossoni disse que está perto de encontrar o que chamou de um ?ponto de equilíbrio? entre as posições da direção estadual e a dos deputados de orientação governista. Na semana passada, o deputado Luiz Accorsi já havia sinalizado que o grupo estava disposto a um acordo para não ter o mesmo destino do líder da bancada, Luiz Nishimori, cuja expulsão está sendo analisada pelo conselho de ética. Accorsi, Francisco Buhrer e Nishimori, às vezes, Rui Hara, são os aliados do governo entre os tucanos.
Rossoni disse que Beto Richa fez um apelo aos deputados e à direção do partido para que encontrem uma forma de conviver pacificamente. Beto está preocupado em remover obstáculos ao projeto de concorrer ao governo em 2010. A solução ainda não está pronta, mas cada parte poderá ceder um pouco, admitiu Rossoni, sem revelar em que bases está sendo construído o acordo.
Por enquanto, os tucanos estão deixando o plenário na hora de votar projetos e matérias de interesse do governo do Estado. ?No início, não tínhamos nem diálogo. Agora já evoluímos?, comparou Rossoni.
O presidente estadual do partido e líder da bancada de oposição apontou dois pré-requisitos básicos para que a conversa prossiga: disposição dos deputados de permanecer no PSDB e boa vontade. ?O prefeito fez um apelo para que encontremos uma forma de ajudar o partido. E os deputados quando olham no horizonte sabem que o futuro é o Beto. E para esse futuro acontecer, temos de ter unidade no partido. Vamos buscar um ponto de equilíbrio entre as alas. Todos teremos que abrir mão para o partido?, afirmou.
Excluído
Nishimori, que está no Japão, para onde viajou em companhia da comitiva do governador, não deverá ter a segunda chance que está sendo oferecida aos deputados. Rossoni considera difícil incluir Nishimori no acordo que está sendo discutido. ?O caso dele já está em outra fase?, disse o presidente estadual do partido, que marcou para o dia 11 de junho a reunião da executiva para votar o parecer da comissão de ética sobre o pedido de expulsão do líder da bancada.