O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), divulgou nota nesta noite no qual faz duras críticas à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a quem o senador acusa de “mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades”.
“Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão”, afirma o senador, logo no início do texto.
Sérgio Guerra também voltou a criticar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como fez ontem a vice-presidente do partido, senadora Marisa Serrano (MS).
Na avaliação de Sérgio Guerra, o PAC não é um programa de governo “e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas”.
“Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas – a maioria tocada por Estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC – 7.715 projetos – ainda não saíram do papel”, afirma o senador.
Esta é a segunda nota divulgada à imprensa pelo PSDB. Ontem à noite, foi a vez do ex-presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), divulgar nota em nome do partido. “O PSDB demonstra que está descontrolado para a legítima disputa de projetos que ocorrerá neste ano de 2010”, afirmou o deputado.
A troca de acusações entre PT e PSDB começou após discurso da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que, durante a inauguração de uma obra em Minas Gerais, disse que a oposição pretendia acabar com o PAC e com o programa Bolsa-Família.
Prontamente, o PSDB rebateu a afirmação da ministra. Em nota, a vice-presidente do PSDB, senadora Marisa Serrano (MS), disse que a ministra é reconhecida pela sua “falta de experiência política”, e afirmou que a ministra adotou a “retórica do medo e da mentira”.
Ao rebater o discurso da ministra Dilma Rousseff, o PSDB cumpre estratégia do governador de São Paulo, José Serra, que disse que cabe ao partido e não ele, como pré-candidato, fazer oposição ao governo.
Mais cedo, José Serra voltou a dizer que ficará longe do “debate eleitoral” e da “baixaria”. José Serra e Dilma Rousseff são os pré-candidatos à presidência da República.
Segue a íntegra da nota:
“Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.“
Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal.
Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.
Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.
Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra.
Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas – a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC – 7.715 projetos – ainda não saíram do papel.
Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades.
A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.
Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado.
Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.
Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.
Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.
Senador Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB