O deputado federal e pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Trípoli, criticou o programa chamado “Braços Abertos” da gestão Fernando Haddad e defendeu a internação compulsória de viciados que vivem na chamada Cracolândia no centro da capital. “Eu discutiria, obviamente, mas buscaria essa solução”, afirmou em evento do qual participa na noite desta quinta, 4.
Trípoli argumentou que as cracolândias se expandem pela cidade e tiram a liberdade dos cidadãos que moram nas localidades onde o vício se concentra. “Tem que enfrentar o problema, não pode deixar que o problema fique expandindo pela cidade”, afirmou ao citar ‘novas cracolândias’ na Lapa e no Tatuapé. “Você tem que ter claro que não pode tirar liberdade de uma pessoa, mas também não pode tirar de um morador o direito de ter liberdade.”
O deputado disse já ter conversado com o secretário do Estado de Saúde, David Uip, sobre a possibilidade de se ter “moradias terapêuticas”. Ele argumentou que ao se ter diagnosticado uma pessoa em situação de rua como ‘doente’ pelo vício do crack, seria possível fazer a internação compulsória sem ferir a lei.
O pré-candidato chegou a falar em ‘remoção’ das pessoas viciadas que compõem a Cracolândia, dizendo que as primeiras internações de sucesso poderiam estimular a “remover os demais que estão nesses locais”.
O programa Braços Abertos da gestão Haddad propõe o pagamento de um auxílio financeiro e fornecimento de habitação para viciados em troca de trabalho na própria região central, como estratégia para tirar as pessoas do vício no crack. Trípoli afirmou que a proposta é equivocada, pois os viciados usam o dinheiro para comprar drogas novamente.
Privatização do Anhembi
Trípoli se disse, a princípio, contrário à proposta de privatizar o Anhembi. Ele afirmou que o sambódromo e o espaço de eventos dão bons resultados à Prefeitura. Para o deputado, a ideia defendida por seu adversário nas prévias tucanas, o empresário João Doria, precisaria ser mais discutida, mas ele tenderia a ser contra.