Um dos postulantes à vaga de candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, o deputado federal, Ricardo Tripoli, disse neste domingo, 28, estar empolgado e confiante de que vai para o segundo turno nas prévias. Porém, acrescentou que está “entristecido” com as denúncias envolvendo as candidaturas de seus adversários durante a campanha.
“Fiquei muito chateado com o volume de denúncias, de brigas, de intrigas. Esse não é o nosso PSDB”, disse o parlamentar em referência à troca de acusações feitas entre o vereador Andrea Matarazzo e o empresário João Doria Jr, que também disputam a vaga. A última campanha dos dois foi marcada por troca de acusações envolvendo uso da máquina e cooptação de militantes mediante compensação financeira.
“Não dá para fazer campanha dessa forma. Não é esse o modelo nosso”, afirmou.
O parlamentar disse ainda que muitas coisas saíram do controle ao manifestar reprovação à troca de ataques entre Matararazzo e Doria.
Tripoli criticou a iniciativa de Doria, que orientou apoiadores de sua candidatura a instalarem cavaletes nos entornos do diretório zonal de Perdizes, onde votou o parlamentar. Para Tripoli, o empresário agride a Lei Cidade Limpa, encampada pela gestão do PSDB na Prefeitura.
“Numa campanha como essa (das prévias) você vê que a Cidade Limpa está senda agredida por fatos que não corroboram com aquilo que o PSDB pretende”, disse o deputado que, sem citar o nome de Doria, afirmou que alguns candidatos na disputa interna “não têm o que apresentar”.
A lei da Cidade Limpa proíbe a realização de propaganda em áreas externas da cidade, incluindo o uso de peças publicitárias, como cavaletes.
Tripoli afirmou que o PSDB precisa buscar a unidade depois do término das prévias. “Eu trabalhei mais pela coalizão, pelo consenso, do que pela minha própria campanha”, disse ele.