O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná cassou, ontem, o primeiro vereador de Curitiba por infidelidade partidária.
Depois de 117 cassações de mandatos de parlamentares do interior, Tico Kuzma (PSB) perdeu o mandato ontem por ter deixado o PPS após o dia 27 de março de 2007, data definida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como limite para trocas de legenda.
?Foi um julgamento polêmico e bastante demorado. Talvez o mais importante dos casos de fidelidade, por ser o primeiro na capital. Respeitamos a posição dos juízes, mas vamos recorrer para tentar mudar esse entendimento?, comentou Kuzma após a decisão.
Quem assume o lugar de Tico Kuzma na Câmara Municipal é Élcio Pereira (PPS), funcionário de carreira da Câmara Municipal e candidato nas eleições de outubro.
O vereador cassado afirmou que pretende levar até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se for o caso, sua motivação para a troca de partido. ?Reafirmo tudo o que declarei em minha defesa?, disse ontem, lembrando que para justificar a troca de legenda alegou que a direção do partido cobrava dos candidatos pela aparição na televisão.
Como as cassações por infidelidade partidária não implicam em perda dos direitos políticos, Kuzma, mesmo que não reverta a decisão do TRE, segue candidato à reeleição. ?Nesta campanha, vou fazer o mesmo trabalho de sempre e mostrar que eu sigo coerente, que quem não teve coerência foi o partido e que isso motivou a mudança?, disse.
Outros dois vereadores de Curitiba, Jair Cézar (PSDB) e Mestre Déa (PRTB), ainda aguardam julgamento no TRE, que já indeferiu pedido de cassação de outros três parlamentares da capital.