O Tribunal de Justiça do Paraná negou nesta segunda-feira (30) o pedido de habeas corpus ao ex-deputado Carlos Simões. O desembargador Valter Ressel, da 2° Câmara Criminal, foi quem tomou a decisão.
Carlos Simões foi preso na última quinta-feira (26) e encaminhado para o Centro de Triagem II de Piraquara. Ele é réu em uma ação de peculato, crime cometido por servidor que desvia dinheiro público, e foi preso por não ter sido localizado nos endereços que forneceu à Justiça. Com a negação do pedido, ele permanece preso em Piraquara à disposição da justiça.
Fantasmas
Uma operação investiga, desde 2008, suspeitas de fraudes no recebimento de salários de funcionários e ex-funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná (AL), denominada como esquema Gafanhotos, na qual o ex-deputado é acusado de envolvimento. Os salários eram depositados nas contas de terceiros, e muitos não tinham consentimento dos recebimentos.
Também são investigados “funcionários fantasmas”, que recebiam salários sem ir trabalhar. O Ministério Público ouviu mais de 400 pessoas, suspeitas de envolvimento no esquema, entre elas políticos, por desvio de dinheiro público, sonegação de impostos federais e estelionato.