Os juizes integrantes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná decidiram, por unanimidade, cassar o registro da candidatura do deputado Geraldo Cartário (PMDB). O TRE acatou uma ação movida pelo ex-candidato a deputado estadual e membro do diretório do PPS de Fazenda Rio Grande, Alisson Anthony Wandscheer, que denunciou o deputado peemedebista por abuso de poder econômico e político e uso indevido dos meios de comunicação, na campanha eleitoral deste ano.
Cartário foi reeleito para a Assembléia Legislativa em 1.º de outubro. Ele obteve 61.758 votos. Se a sentença do TRE for mantida, sua vaga será ocupada pelo 1.º suplente do PMDB, deputado Ademir Bier. Anteriormente, o TRE já havia declarado Cartário inelegível pelos próximos três anos, em decorrência da mesma acusação. A ação analisada pelo TRE na sessão de ontem contestava o registro da candidatura de Cartário, já que a primeira decisão apenas impedia o deputado reeleito de disputar eleições até 2010, mas não anulava o seu novo mandato, cuja posse seria no próximo ano.
Conforme informações divulgadas pelo TRE, o acórdão da sentença será encaminhado para publicação no Diário da Justiça. A partir da publicação, abre-se um prazo de três dias para apresentação de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Estado procurou ontem o gabinete do deputado Geraldo Cartário na Assembléia Legislativa para saber sobre sua defesa na ação. A informação foi que o deputado estava hospitalizado e iria se submeter a uma cirurgia ortopédica. Cartário teria machucado o pé em incidente na semana passada.
Denúncia
O Ministério Público Eleitoral também denunciou o deputado. Na ação formulada pelo Ministério Público Eleitoral, Cartário é acusado de distribuir presentes aos eleitores, selecionados em programas de rádio de uma emissora de sua propriedade. Conforme as ações, Cartário também usava a emissora para promover sua candidatura e criticar os adversários políticos.
O deputado também foi denunciado por manter um local de atendimento aos eleitores, batizado de Casa da Amizade, onde seriam fornecidos os brindes em troca de votos, conforme denúncia do Ministério Público Eleitoral.