O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Trezza, informou hoje que o governo prepara novas regras para dar transparência aos trabalhos conjuntos da instituição com outros órgãos da área de segurança, como a Polícia Federal (PF). “Haverá uma tentativa de regulação mais detalhada do que havia nesse tipo de relação (PF-Abin), com critérios, formalização. Acho que cabe também um pouco mais de transparência para que todos tenham tranquilidade e para que essa relação aconteça dentro da legalidade.” Trezza, que ocupava interinamente o cargo há um ano e quatro meses, foi efetivado hoje na função.

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Em entrevista realizada após a posse, Trezza afirmou que a crise provocada pela Operação Satiagraha trouxe “amadurecimento” para a Abin e seus profissionais, alguns acusados de participar ilegalmente das investigações. Segundo ele, uma recente manifestação do Ministério Público Federal (MPF), que julgou a participação da Abin no episódio, isentou a agência de ilegalidade. A Satiagraha, da PF, investigava desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro e resultou na prisão de banqueiros, diretores de banco e investidores.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Armando Felix, que tem a Abin sob sua coordenação, afirmou que ocorre neste momento um processo de reestruturação do sistema de segurança que resultará numa integração maior entre todos os órgãos.

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