Pelo menos três paranaenses são cotados para ter posição de destaque em um possível governo Michel Temer (PMDB). Caso seja confirmado o afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, dois paranaenses podem aparecer no Ministério: os deputados federais Ricardo Barros (PP) e Alex Canziani (PTB).
Barros hoje é tido como nome certo do PP para o Ministério da Saúde. Só perde a vaga se houver uma reviravolta. E Canziani tem chances de ser indicado pelo PTB para a pasta do Trabalho. Mas, por enquanto, o partido ainda não formalizou a indicação de Canziani, que conta com o apoio da ala do partido da Câmara Federal.
O possível governo Temer terá ainda outro paranaense em posição de destaque na administração. O atual chefe de relações institucionais da vice-presidência da República, Rodrigo Rocha Loures, braço-direito de Temer há cinco anos, vai continuar ao lado do peemedebista se ele assumir a cadeira de Dilma. Será uma espécie de secretário-executivo da Presidência, coordenando os trabalhos e a agenda de Temer.
Ainda não há definição de quem será o novo diretor-geral de Itaipu, cargo tradicionalmente ocupado por um paranaense. Nos bastidores, fala-se que o ex-deputado e ex-secretário estadual Eduardo Sciarra (PSD) estaria cotado para a vaga. Mas, nos círculos mais próximos de Temer, a informação é de que a nomeação do diretor de Itaipu nem sequer chegou a ser discutida, pois há definições mais urgentes a serem feitas neste momento. Atualmente, o diretor-geral de Itaipu é Jorge Samek, indicado pelo PT.
Nomes certos
Na véspera da votação da admissibilidade do impeachment de Dilma pelo Senado, há nomes certos para a Esplanada. Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central do governo Lula, será o ministro da Fazenda. O ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi (PP) foi convidado e aceitou ocupar a pasta da Agricultura. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) vai ser ministro do Planejamento. Jucá é investigado pela Operação Lava Jato, mas ele é um dos principais aliados de Temer e tera protagonismo no possível novo governo.
Aos poucos
As nomeações para a Esplanada não devem ser feitas todas de uma única vez. Aliados de Temer trabalham com o cenário de que a votação da admissibilidade do impeachment, e do consequente afastamento de Dilma da Presidência ocorra na madrugada de quinta-feira (12). Logo que a petista for comunicada da decisão e que Temer assuma, o novo presidente deve fazer as indicações dos ministérios que tratam da gestão federal, aqueles mais próximos da Presidência, o chamado “núcleo duro”, para que a administração comece a funcionar. Outros ministros devem ser nomeados logo depois, mas não necessariamente no primeiro dia do governo interino.