TRE vai julgar denúncia em Itaperuçu

O Tribunal Regional Eleitoral vai julgar na próxima segunda-feira denúncia de corrupção envolvendo a Prefeitura de Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba. O caso ocorreu durante as eleições de 2004 e deveria ter sido julgado ontem pelo TRE, que o adiou a pedido de uma das partes.

O candidato derrotado na ocasião, Gentil Paske (PSDB), acusa o atual prefeito, José de Castro França (PPS) de aceitar doações para a campanha em troca de manter funcionários do primeiro escalão da prefeitura. França teria aceito a proposta de empréstimo (R$ 350 mil) de Manoel Joekel, marido da ex-prefeita Rosa Chevônika Joekel, que, segundo contrato apresentado pela acusação, pagaria a dívida com recursos da prefeitura.

Paske, também ex-prefeito do município, denunciou França em 2004. De posse de uma cópia do contrato e dos cheques que teriam sido repassados ao então candidato, ele entrou com recurso no cartório eleitoral de Rio Branco do Sul, que em primeira instância cassou o mandato de Castro e de seu vice, Osmário Bonfim de Castro, que é quem assina o contrato.

No entanto, França permanece no cargo com base em liminar, que o mantém na prefeitura até que o caso seja julgado em última instância. Mesmo que perca no TRE, o prefeito ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.

?Ele está sendo julgado por corrupção eleitoral, por ter aceitado dinheiro em troca de cargos. Teve deputado cassado por muito menos?, argumentou Paske, que afirma que os documentos que apresentou como provas já foram submetidos a duas perícias.

A prova que Paske apresentou à justiça eleitoral e à reportagem é um contrato, com firma reconhecida em cartório, em que o então vereador e candidato a vice-prefeito osmário Bonfim de Castro comprometia-se a manter no cargo três funcionários da prefeitura pelos R$ 350 mil repassados à candidatura de França e que deveriam ser pagos posteriormente, com recursos da prefeitura. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Itaperuçu, mas alegando que o prefeito não estava na cidade, ninguém quis comentar o caso, que está em segredo de justiça.

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