O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) entregou ontem 1,5 mil cédulas de papel para representantes de partidos políticos com candidatos nestas eleições. A entrega faz parte da Votação Paralela, realizada para garantir a transparência do processo eleitoral. A Comissão de Votação Paralela promove a averiguação das urnas eletrônicas para tirar qualquer dúvida sobre a sua utilização. A Votação Paralela é realizada desde 2002.
Até a véspera das eleições, todas as urnas que serão usadas já estarão instaladas nas seções eleitorais. No sábado, dia 30 de setembro, será feito um sorteio público na sede do TRE/PR para escolher três urnas eletrônicas, sendo uma da capital e duas do interior. Estas máquinas, caso não fossem sorteadas, seriam utilizadas normalmente dentro do processo eleitoral.
As urnas sorteadas serão retiradas dos locais de votação e levadas para a sede do TRE/PR em Curitiba. Lá, os equipamentos ficam em uma sala especial, com quatro câmeras de vídeo. Assim tem início a Votação Paralela, que acontece no mesmo horário da votação normal, entre as 8h e 17h. As cédulas de papel (com todas as opções de candidatos autorizados a disputar as eleições deste ano) entregues ontem aos partidos devem ser preenchidas pelos mesmos e colocadas em uma urna de lona do TRE/PR até o dia 30. A urna é lacrada na véspera das eleições e, durante a votação paralela, a equipe responsável lê o conteúdo da cédula de papel. O mesmo voto é registrado na urna eletrônica. No final, se averigua se foram inseridos na urna eletrônica os mesmos votos presentes na cédula de papel.
Segundo o presidente da Comissão de Votação Paralela, juiz Rogério Etzel, o principal objetivo deste processo é mostrar à sociedade que as eleições com as urnas eletrônicas não têm vícios, são idôneas e que não geram qualquer dúvida. ?Cada voto é retirado da urna, cantado e digitado na urna eletrônica. Tudo é gravado. Os partidos políticos podem fazer o acompanhamento de toda a votação paralela?, explica.
Etzel ressalva que, apesar da distribuição de 1,5 mil cédulas de papel, talvez toda esta quantidade de votos não seja inserida nas urnas eletrônicas. Se uma das urnas sorteadas for de uma sessão com duzentos eleitores, por exemplo, só serão digitados duzentos votos, pois a máquina já foi programada para o número de eleitores daquela determinada seção eleitoral.
