Os peemedebistas conversam hoje com o governador Roberto Requião (PMDB) para decidir se recorrem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que confirmou a impugnação da candidatura do ex-secretário de Justiça Aldo Parzianello ao Senado. A indicação de Parzianello havia sido vetada pelo juiz eleitoral João Pedro Gebran Neto, no primeiro exame do pedido de inscrição. O PMDB recorreu, mas o TRE manteve a decisão por seis votos a zero, em julgamento realizado ontem à noite.
Parzianello foi inscrito como candidato pelo PMDB depois que o TRE manteve a resolução do diretório nacional do PSDB, anulando a aliança entre os dois partidos. O TRE manteve o entendimento de Gebran, que rejeitou o registro com base no argumento de que, quando aliado ao PSDB, o PMDB não indicou um candidato ao Senado, o que daria direito ao partido a uma substituição.
Quando solicitou o registro da chapa da aliança com o PSDB, o PMDB indicou o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), como candidato a vice-governador na chapa de Requião. Mas não registrou a candidatura do senador Alvaro Dias, o representante tucano ao Senado. Este foi o motivo apontado pela Justiça Eleitoral para negar o registro de Parzianello.
Definição
Ontem, o vice-governador Orlando Pessuti, que concorre à reeleição e que foi indicado no lugar de Brandão na chapa, disse que irá defender o ingresso de recurso no TSE para manter a candidatura. O vice-governador acha que o partido deve ir até a última instância para tentar preservar a vaga e o tempo do partido no horário eleitoral gratuito.
?Nosso partido já não tem candidato a presidente da República. Eu fui sempre um defensor das candidaturas do partido. São elas que expressam nossa proposta?, afirmou o vice-governador. Ele também afirmou que candidaturas próprias são importantes para preservar a identidade partidária e preservá-los de situações como as que ocorrem em relação à sucessão presidencial, em que são obrigados a justificar o apoio a este ou aquele candidato.
Se desistir da candidatura de Parzianello ou se recorrer e perder a vaga no TSE, a tendência entre boa parte dos peemedebistas é se distribuir entre a candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, e o senador tucano Alvaro Dias. Um setor do partido já procurou a candidata petista para conversar.
Distribuição
Com a nova decisão sobre Parzianello e a perda de prazo do PCO de substituir o seu candidato, depois da renúncia de Ney Angelo Betim, o TRE recalculou novamente o horário dos partidos no horário eleitoral gratuito destinado aos candidatos ao Senado.
Na redistribuição, os tempos ficaram assim: PSL (14 segundos), PSC (14 segundos), PSDC (14 segundos), PRTB (13 segundos), PV (17 segundos), PSDB (1 minuto e 7 segundos), PPS (1 minuto e 29 segundos), Gleisi Hoffmann (1 minuto e 55 segundos) e PSTU (13 segundos).
