TRE decide nesta sexta-feira vaga na Câmara de Curitiba

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deve publicar hoje a decisão do último dia 3, que cassou o mandato do vereador Valdenir Dias (PSB) por abuso de poder econômico. Também hoje, a Mesa Diretora da Câmara Municipal deve receber ofício da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, informando a cassação e determinando a nomeação do suplente, mas o presidente da Casa não sebe quem deve nomear.

?Recebi nesta semana ofícios de três partidos, PT, PTB e PSB reivindicando a vaga. Espero que na comunicação do TRE informem quem tem direito à cadeira, pois eu, apesar de entender que a vaga pertença à coligação, ou seja ao PT, não vou nomear ninguém sem o posicionamento da Justiça?, avisou João Cláudio Derosso (PSDB), que disse já estar preparando consulta ao TRE caso sua dúvida não seja sanada com a publicação da decisão.

Desde a decisão pela cassação do vereador, que teria cometido excessos de publicidade durante a campanha de 2004, como a pintura de 300 muros sem autorização, e omitido algumas informações na prestação de contas, iniciou-se a discussão sobre quem tem o direito de ocupar a vaga. Adenival Gomes (PT) e Luiz Montanha (PTB) já retiraram seu diploma de suplente junto ao TRE para estarem aptos a assumir a cadeira. Nesta semana, Bira Schreiber (PSB) também entrou na briga pela cadeira.

Enquanto o PT reivindica a vaga por Adenival ser o primeiro suplente da coligação PT/PTB/PMDB/PSC/PCB/PC do B, o PTB entende que a coligação acaba com o final das eleições e que o mandato pertence ao PTB, partido pelo qual Valdenir foi eleito. Já o PSB quer a cadeira por ser o atual partido do vereador.

De acordo com a assessoria de imprensa do TRE, não há polêmica, a vaga deve ser dada ao suplente petista, pois vale o resultado das eleições. A disciplina para perda de mandato por crime eleitoral é diferente dos julgamentos por fidelidade partidária ou, até por improbidade administrativa cometida durante o mandato.

De acordo com a legislação eleitoral, a partir da decisão que cassa mandato em exercício por irregularidade na campanha, a Justiça Eleitoral entende como se o candidato tivesse sido ?desclassificado? da disputa, seus votos vão para a legenda, no caso coligação, elegendo-se assim o primeiro suplente da coligação.

Adenival Gomes, que disse estar se preparando desde a semana passada para voltar à Câmara (foi vereador na legislatura passada), classifica a discussão como ?especulação e falsa polêmica?. Candidato declarado à ?reeleição?, Gomes diz que vai à Câmara para ?exercer a essência da função do vereador: fiscalizar e cobrar o Poder Executivo?.

Já o advogado de Valdenir Dias prepara recurso para ser protocolado assim que a decisão for publicada. Sem dar detalhes da argumentação, porque o processo corre em segredo de Justiça, Fabrício Ferreira disse que além do recurso, que não tem efeito suspensivo, protocolará medida cautelar para que seu cliente siga na Câmara.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo