O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmou ontem a cassação do prefeito do município mineiro de Ipatinga, Sebastião Quintão (PMDB), e de seu vice, Altair Vilar (PSB), por abuso de poder político e econômico na eleição do ano passado. Por unanimidade, os magistrados também decidiram pela realização de nova votação na cidade, em uma data ainda a ser marcada. Quintão ficou em segundo lugar na disputa do ano passado, vencida por Chico Ferramenta (PT), cujas contas de sua administração anterior como prefeito foram rejeitadas.

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Uma das principais lideranças do PT no Vale do Aço mineiro, Chico Ferramenta – que já havia ocupado a cadeira de prefeito por duas vezes – foi eleito com 64.167 votos em 5 de outubro, mas não tomou posse. No caso de Quintão, que tentava a reeleição, os juízes concluíram que ocorreu “uso abusivo de obras e programas municipais” durante a eleição. As defesas dos ex-prefeitos negam as irregularidades.

Na interpretação da corte, “houve coação de eleitores para que votassem no candidato à reeleição para prefeito de Ipatinga, sob pena de não receberem benefícios do programa municipal Morar Melhor e também do Bolsa Família”. O julgamento do recurso confirmou, por quatro votos a dois, a inelegibilidade do peemedebista e de seu vice por três anos. Conforme o TRE, o presidente da Câmara Municipal, Robson Gomes, deverá continuar à frente do Executivo até a posse dos novos eleitos. A data do novo pleito será decidida depois da publicação do acórdão, o que deve ocorrer num prazo de sete a dez dias.

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